PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ADOLESCENTES/JOVENS VIVENDO COM HIV/AIDS
Palavras-chave:
Epidemiologia, HIV/AIDS, Adolescência / Epidemiology, HIV / AIDS, AdolescenceResumo
Introdução: Desde o aparecimento dos primeiros casos da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) no final da década de 1970, a doença é alvo de atenção no plano mundial e seu crescimento exponencial na década de 1980 a tornou um problema de Saúde Pública enfrentado até os dias de hoje (BRASIL, 2010). Apesar das elevadas taxas de mortalidade, o número de novas infecções por HIV e de mortes relacionadas à AIDS no mundo tiveram queda de 19% na última década. Em 15 países a prevalência de HIV caiu mais de 25% entre os jovens de 15-24 anos. Estas quedas são em grande parte atribuídas a expansão e ao acesso a programas de terapia antirretroviral em países de baixa e média renda (WHO, 2011). Objetivos: Analisar o perfil epidemiológico de adolescentes/jovens infectados HIV/AIDS e adesão do tratamento. Metodologia: Estudo de abordagem descritiva, pautado no método de revisão integrativa de literatura. Foram considerados os seguintes critérios de inclusão: a) estudos publicados em periódicos em língua portuguesa, inglesa e espanhola, desenvolvidos de forma relevantes sobre a temática, em qualquer país; b) cuja temática inclua a percepção e os sentimentos de adolescentes vivendo com HIV; c) enfrentamento de adolescentes vivendo com HIV para adesão a terapia antirretroviral; d) com disponibilidade gratuita em texto completo; e) estudos de natureza primária dos últimos 5 anos (2014-2019). Resultados: Sabe-se que o comportamento da epidemia de HIV/AIDS difere de acordo com os determinantes sociodemográficos dispostos em cada cenário do país e do mundo. Além disso, no que diz respeito a subgrupos específicos como UDI (usuários de drogas injetáveis) e HSH (homens que fazem sexo com homens) (BARBOSA JUNIOR et al, 2018; GRANGEIRO; ESCUDER; CASTILHO, 2015). Segundo Paiva, Pupo e Barboza (2016) quanto maior a exposição ao risco, maior a vulnerabilidade do indivíduo à infecção por HIV. Em consequência, políticas públicas foram desenvolvidas a partir do conceito de vulnerabilidade visando à prevenção das situações que possam expor os indivíduos ao risco de contrair HIV. Entre estas ações estão: A melhoria do acesso à preservativos, especialmente para jovens entre 15 a 24 anos; a disseminação da informação a respeito do sexo seguro nas escolas; o trabalho educativo com crianças e adolescentes em situação de rua, bem como a regulamentação da atenção à saúde desse público; campanhas que atinjam locais de trabalho e aumento da oferta de teste anti-HIV e aconselhamento; redução de danos ente usuários de drogas. Conclusão: Diante do apresentado do perfil epidemiológico e discussão com a literatura, espera-se que os resultados desta pesquisa possam fornecer subsídios que fundamentem e auxiliem os serviços de saúde na assistência à população, inclusive a população adolescente/jovem, e no incremento de políticas públicas
: Introduction: Since the onset of the first cases of acquired immunodeficiency syndrome (AIDS) in the late 1970s, the disease has been the subject of worldwide attention and its exponential growth in the 1980s has made it a public health problem faced until today (BRAZIL, 2010). Despite high mortality rates, the number of new HIV infections and AIDS-related deaths worldwide has fallen by 19% over the past decade. In 15 countries the prevalence of HIV fell by over 25% among 15-24 year olds. These declines are largely attributed to the expansion and access to antiretroviral therapy programs in low- and middle-income countries (WHO, 2011). Objectives: To analyze the epidemiological profile of HIV / AIDS infected adolescents / young people and treatment adherence. Methodology: A descriptive approach study, based on the integrative literature review method. This review modality has as its main objective the interpretation and evaluation of available evidence of the investigated theme; Its final product is the assessment of the current state of knowledge on the subject in question. The following inclusion criteria were considered: a) studies published in journals in Portuguese, English and Spanish, developed in a relevant manner on the subject, in any country; b) whose theme includes the perception and feelings of adolescents living with HIV; c) coping with adolescents living with HIV for adherence to antiretroviral therapy; d) with free full text availability; e) primary studies of the last 5 years (2014-2019). Results: It is known that the behavior of the HIV / AIDS epidemic differs according to the sociodemographic determinants arranged in each scenario of the country and the world. In addition, with regard to specific subgroups such as IDUs (injecting drug users) and MSM (men who have sex with men), it is necessary to emphasize the importance of research that describes trends in the local HIV / ADIS epidemic ( BARBOSA JUNIOR et al, 2018; GRANGEIRO; ESCUDER; CASTILHO, 2015). According to Paiva, Pupo and Barboza (2016) the greater the exposure to risk, the greater the vulnerability of individuals to HIV infection. Consequently, public policies were developed based on the concept of vulnerability aimed at preventing situations that may expose individuals to the risk of contracting HIV. These actions include: Improving access to condoms, especially for young people aged 15-24; dissemination of information about safe sex in schools; the educational work with street children and adolescents, as well as the regulation of health care for this public; campaigns that reach workplaces and increased provision of HIV testing and counseling; harm reduction among drug users. Conclusion: Given the epidemiological profile presented and discussion with the literature, it is expected that the results of this research can provide subsidies that support and assist health services in the care of the population, including the adolescent / young population, and in the increment of policies. prevention of HIV / AIDS infection.
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Referências
BARBOSA JUNIOR, Aristides et al. Tendências da epidemia de AIDS entre subgrupos sob maior risco no Brasil, 1980-2004. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 25, n. 4, p. 727-737, 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Aids e DST. Boletim Epidemiológico, v. 7, n.1, p.1- 52, 2010. Disponível em: http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/publicacao/2010/45974/vers_o_final_15923.pdf. Acesso em: 03 out. 2019.
GRANGEIRO, Alexandre; ESCUDER, Maria Mercedes Loureiro; CASTILHO, Euclides Alves. A epidemia de AIDS no Brasil e as desigualdades regionais e de oferta de serviço. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 26, n. 12, p. 2355-2367, 2016. DOI: 10.1590/S0102-311X2010001200014.
PAIVA, Vera; PUPO, Ligia Rivero; BARBOZA, Renato. O direito à prevenção e os desafios da redução da vulnerabilidade ao HIV no Brasil. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v.40, suppl. p. 109-119, 2016.
WHO. Global health sector strategy on HIV/AIDS 2011-2015. Geneva; 2011. Disponível em: http://whqlibdoc.who.int/publications/2011/9789241501651_eng.pdf. Acesso em: 15 mai. 2019.
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