A SAÚDE MENTAL E O TRABALHO EM ONCOLOGIA

Autores

  • Karollyne de Almeida Vasconcelos
  • Érico Rafael Barros de Gusmão Verçosa
  • Camila Ferreira da Silva
  • Alba Maria Bomfim de França

Resumo

RESUMO: Introdução: Naturalmente os hospitais são ambientes que causam estresse e sofrimento psicológico para usuários, familiares e, sobretudo, para os profissionais que ali atuam. A atenção à saúde no campo da oncologia é de muita importância e exige um grau de complexidade que envolve processos clínicos, psicológicos e sociais. Todas as pessoas envolvidas – pacientes, familiares, profissionais – são emocionalmente afetadas, em graus variáveis, pelos impactos da doença e do tratamento. Objetivo: Apontar para a importância do cuidado à saúde mental do profissional de saúde que atua no setor oncológico. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, realizada nas bases de dados Scielo e Pubmed, com o uso dos descritores “Mental Health”, “Oncology Professionals” e “Oncology Nurses”, incluindo textos em inglês e português, combinadas por operadores booleanos, que foram publicados entre 2010 e 2019. Resultados: Nas bases de dados foram encontrados seis artigos e a partir destes foi possível identificar relatos que apontam a rotina hospitalar de serviços de oncologia como acelerada, com muitas demandas que acarretam em desgaste e estresse ao profissional. Inferem sobre o trabalho causar mudanças na personalidade dos profissionais, devido à sobrecarga e o contato contínuo com pacientes muito debilitados que muitas vezes não têm maiores expectativas de cura. A empatia de profissionais da saúde segundo alguns estudos podem levar a fadiga por compaixão, a ansiedade e a desejos de trocar de setor ou até abandonar a profissão. Ainda existem relatos referentes ao trabalho individualizado em alguns hospitais, que acarreta no desgaste já que neste sentido é cada profissional por si, não havendo um suporte emocional entre eles; este fator ainda está relacionado ao fato de que os profissionais muitas vezes acreditam que não podem demonstrar seus sentimentos e com isto acabam tendo uma sobrecarga emocional ainda maior. Ainda, os resultados apontam que há o fato de que quando a possibilidade de cura do paciente é remota, pode causar sentimentos de impotência, tristeza e chateação no profissional, o que leva também ao desgaste emocional. Por fim, os profissionais mostram nos resultados como eles não estão preparados para lidar com as perdas, a ponto de se sentirem culpados pela dor, natural e humana, frente à morte. Conclusão: Com a leitura da produção encontrada neste estudo pôde-se perceber que devido ao ambiente de trabalho extremamente estressante o profissional da saúde acaba desenvolvendo um desgaste emocional, que pode estar acompanhado da fadiga e ansiedade, fatores estes que podem interferir no desempenho de suas funções. A partir disto, concluí-se que, os serviços hospitalares devem ofertar um suporte psicológico a estes profissionais, para que se reduzam os níveis de desgaste emocional e ansiedade, assim como devem incentivar a formatação de um relacionamento interpessoal entre a equipe multidisciplinar, já que este relacionamento pode contribuir ainda para a redução da grande carga de trabalho que acarreta no estresse e em mudanças de comportamentos.

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Publicado

2020-08-10

Como Citar

de Almeida Vasconcelos, K., Barros de Gusmão Verçosa, Érico R., Ferreira da Silva, C., & Bomfim de França, A. M. (2020). A SAÚDE MENTAL E O TRABALHO EM ONCOLOGIA. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (7). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/12581

Edição

Seção

Ciências da Saúde e Biológicas