ANÁLISE DA SÍNDROME DO ARDOR BUCAL EM MULHERES NO PERÍODO DE CLIMATÉRIO E O IMPACTO NO SEU COTIDIANO

Resumo

RESUMO: INTRODUÇÃO: O climatério é a fase da vida feminina na qual ocorre a transição do período reprodutivo ao não reprodutivo. Durante este período ocorrem inúmeras mudanças biológicas, endócrinas e clínicas devido às alterações hormonais, gerando diversos sintomas que podem tornar as mulheres vulneráveis aos mais variados agravos à saúde. O estudo das prevalências de patologias, incluindo as que acometem a região maxilofacial, é de fundamental importância aos clínicos, aos epidemiologistas e aos grupos gestores para formulação de um perfil de necessidades de uma determinada região. A Síndrome do ardor bucal (SAB) é um distúrbio de dor crônica caracterizado por ardor, ardência e/ou comichão na cavidade oral na ausência de qualquer doença orgânica, com duração de pelo menos 4 a 6 meses, na maioria das vezes envolve a língua com ou sem extensão para os lábios e mucosa oral, podendo ser acompanhada por disgeusia (distorção no sentido do paladar) e xerostomia subjetiva (boca seca). Seu início é espontâneo e a síndrome tem uma clara predisposição para mulheres na perimenopausa e pós-menopausa. OBJETIVO: O objetivo do estudo foi realizar uma análise da síndrome do ardor bucal em mulheres no período do climatério e o impacto que comprometem o seu cotidiano. MATERIAIS E METÓDOS: A presente pesquisa trata-se de um estudo predominantemente descritivo observacional transversal, através da verificação da síndrome do ardor bucal em mulheres que são atendidas na clínica escola de odontologia do Centro Universitário Tiradentes, sendo os sujeitos da pesquisa mulheres com idades entre 45 e 65 anos. Para obtenção dos dados, foi realizada uma análise dos prontuários odontológicos das pacientes, verificando os sintomas de boca seca, mal hálito e gosto ruim, além de analisar quais a queixas principais que levaram ao atendimento e hábitos e vícios. RESULTADOS: através dos dados que foram obtidos da análise de 160 prontuários odontológicos, 51% das pacientes possuíam os três sintomas identificáveis através da ficha de anamnese, também foram observados presença de alterações intraoral que tinham necessidades de atendimentos de especialidades como a dentística com 41,3% e a periodontia, responsável por 44,6% da necessidade de intervenção odontológica CONCLUSÃO: Portanto, nota-se que existe associação do climatério com as alterações da cavidade oral que, consequentemente, geram impacto no cotidiano das mulheres devido à essas alterações terem influência no sistema estomatognático, acometendo fala, mastigação e deglutição. Por isso deve-se uma atenção maior a este tema que afeta diretamente as mulheres, existindo o desafio de combater e minimizar os efeitos no seu cotidiano.