PREVALÊNCIA DE LESÕES EM LUTADORES DE JIU-JÍTSU.

Resumo

RESUMO
INTRODUÇÃO: O jiu-jitsu tem como sua filosofia, o predomínio de suas
técnicas de luta sobre a imposição da "força bruta", pois prioriza o uso de
princípios biomecânicos que visam aperfeiçoar a força muscular do praticante,
anular a do oponente, e/ou até mesmo utilizar as valências físicas deste contra
ele próprio DRAEGER (1974 p.193). Segundo Scoggin et al (2014) esse
esporte enfatiza quedas, bloqueios de articulações, alavancagem e estratégia
para imobilizar, controlar, enviar e desabilitar seu adversário, permitindo que
uma pessoa menor ou fisicamente mais fraca possa obter sucesso com um
oponente maior e mais forte usando uma técnica adequada, incluindo
fechaduras e estrangulamentos. E como em qualquer esporte as lesões
ocorrem apesar de todas as precauções. OBJETIVOS: Investigar a prevalência
de lesão musculoesquelética em atletas de jiu-jitsu na modalidade Gi e No Gi.
METODOLOGIA: Estudo epidemiológico transversal observacional, aprovado
pelo comitê de ética em pesquisa da UNIT (CAAE: 19436019.7.0000.5641).
Seguindo as recomendações da Strobe Statemet (VON et al. 2017). Foram
considerados praticantes de jiu-jitsu, que participem das competições regionais.
Foram excluídos do estudo os praticantes que por alguma razão não puderam
responder o questionário. Os participantes foram abordados antes do início das
competições de maneira individualizada e convidados a participar do estudo.
Está sendo aplicado um questionário estruturado, composto por 14 questões
referentes à prática esportiva, prevalência de lesões, e possíveis medidas de
prevenção. O questionário da presente pesquisa, foi criado buscando
contemplar todos aspectos relacionados às modalidades em atletas de jiu-jitsu.
O questionário também foi desenvolvido na versão de formulário online.

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DISCUSSÃO: Helio Gracie mudou a visão que as pessoas tinham sobre o jiu-
jitsu através de modificações e adaptações, o sistema de alavancas que ele
próprio criou para enfrentar seus adversários, pois ele era desprovido de
desempenho físico (PINHEIRO, 1999), e atualmente é o esporte que mais
cresce no Brasil, segundo a Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu (FRANCHINI
E; TAKITO MY; PEREIRA JN. 2003). A lesão é um fato que acontece
diariamente. Muitos indivíduos sofrem lesões severas com mais frequências
que outro, ninguém é poupado de dor ou incapacidade provocada pela lesão.
Junto com a lesão vem o dano biopsicossocial imprescindível, assim como a
diminuição ou perda da função normal (WHITING & ZERNICKE, 2001).
RESULTADOS PARCIAIS: Foram respondidos 126 questionários. O maior
número de lesões ocorreu no tecido articular (n= 49; 50,5%), musculo (n= 37;
38,1%), ligamento (n= 34; 35,1%), tendão (n= 19; 19,6%), osso (n=18; 18,6%)
e nervo (n= 8; 8,2%), respectivamente. A parte do corpo mais afetada foi o
joelho (n= 55; 56,7%), ombro (n=37; 38,1%) e dedos das mãos (n= 29; 29,9%).
Houve maior número de lesões em treinamento (n= 76; 80,9%), na modalidade
GI (n= 90; 94,7%). A graduação que mais possuiu lesões foi faixa roxa (n= 35;
27, 8%), categoria médio (n= 29; 23%). CONCLUSÃO: As prevalências de
lesões no jiu-jítsu ocorreram durante o treinamento, na articulação do joelho,
em atletas da categoria GI, graduação roxa, e categoria médio.

Palavras-chave: lesão esportiva, arte macial, jiu-jitsu.