ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ÀS MULHERES GESTANTES EM SITUAÇÃO CARCERÁRIA NO BRASIL

Resumo

Bianca Lira de Ataíde¹ Joanna Karolline Rodrigues moura² Wbiratan de Lima Souza³

INTRODUÇÃO: Sabe-se que a população carcerária cresce acentuadamente em todo o mundo, no Brasil estima-se que as mulheres representam cerca de 6,4% do total de presos. Dentre as mulheres que compõem o regime carcerário estão as gestantes e puérperas. A falta de assistência à saúde é um dos aspectos mais graves que afetam o sistema prisional brasileiro, no caso do encarceramento feminino, a situação é mais grave, uma vez que não há política específica para o atendimento à mulher presa, em especial quando grávida. A precária implementação da Rede Cegonha no sistema prisional pode gerar fatores de risco para o desenvolvimento de complicações durante a gravidez, parto e nascimento. Com tudo, a enfermagem tem um papel importante neste quesito, onde busca proporcionar a estas mulheres uma assistência de qualidade, minimizando assim os riscos tanto para a mãe quanto para o feto. OBJETIVO: Conhecer a assistência de enfermagem para mulheres gestantes em situação carcerária, e conhecer a abrangência deste serviço. METODOLOGIA: O presente estudo foi desenvolvido através de uma revisão bibliográfica. Realizou- se a coleta por meio das bases de dados: SciELO e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram utilizados os seguintes descritores: Gestantes; Prisões; Mulheres Encarceradas, pesquisados no DeCS. Foram escolhidos artigos publicados em português e no período entre 2013 a  2017 e foram excluídos os que não abordaram o assunto de forma clara. RESULTADOS: Quanto à assistência que as gestantes em situação de cárcere recebem, nota-se que existe um grande descaso, pois tanto a mulher quanto o feto vivem em situação de fragilidade. No momento da gestação, é de suma importância a realização das consultas de pré-natal, onde promove redução de problemas para mãe e para o bebê. Além do acompanhamento pré-natal, outros fatores estão relacionados com o desenvolvimento saudável de uma gestação, tais como: ambiente confortável, alimentação, apoio familiar, dentre outros. No Brasil, identificou-se o baixo percentual de consultas e orientações PN e pós-parto, nesse sentido o Enfermeiro tem papel fundamental para mudar a assistência de Enfermagem nessa gestante dando uma assistência integral. CONCLUSÃO: Contudo, foi compreendido que a assistência à gestantes privadas de liberdade ainda é um caso preocupante. No entanto, este cenário crítico acaba ocasionando problemas físicos, mentais e sociais para a gestante e seu feto. Faz-se necessário o planejamento e reestruturamento do ambiente carcerário, adequando-se o ambiente às mulheres, tentando assim promover um acompanhamento de qualidade a estas gestantes e seus bebês. Sendo assim o profissional de enfermagem tem a função importante de promover acompanhamento de saúde para a mãe e seu recém-nascido em situação de cárcere, pensando sempre em promover as melhores condutas.