Leg training no fortalecimento dos músculos flexores e extensores do tornozelo

Autores

  • Lívia Anjos Centro Universitário Tiradentes
  • Joecy Barbosa Centro Universitário Tiradentes
  • Ana Exel
  • Walter Palhares
  • Pedro Gonçalves
  • Natanael Sousa

Palavras-chave:

Acidente Vascular Cerebral, Fisioterapia, Reabilitação.

Resumo

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), é uma afecção cerebrovascular causada por interrupção do sangue ao cérebro ocasionando graves seqüelas (SANTOS et al, 2012), dentre elas, a diminuição de força em membros inferiores (FRANCIULLI et al, 2018). A fisioterapia em reabilitação musculoesquelética tem se mostrado efetiva  para o restabelecimento da força muscular (ABDON et al, 2008). Atualmente, existem métodos diversificados que utilizam cargas variáveis na reabilitação da força muscular dos flexores dorsais do tornozelo, entretanto, são poucos os dispositivos existentes possíveis em mensurar a carga aplicada para este segmento (PINTO et al, 2008). OBJETIVO: Desenvolver um equipamento cinesioterapêutico sustentável e de baixo custo para o fortalecimento dos músculos flexores e extensores do tornozelo. METODOLOGIA: O projeto foi realizado no laboratório de Engenharia Mecatrônica do Centro Universitário Tiradentes (UNIT/AL), após a aprovação no Edital PROBIC - PIBIC/FAPEAL. Trata-se da confecção de um equipamento cinesioterapêutico denominado Leg Training, desenvolvido por quatro alunos dos cursos de fisioterapia e engenharia mecatrônica. Os materiais foram adquiridos através de lojas e um ferro velho localizados em Maceió – AL, além de doação de um professor do curso de engenharia mecatrônica da UNIT/AL. Sendo assim, para este equipamento foi utilizado metalon, chapa de aço e de alumínio canelado, filamento biodegradável, roldanas moveis e com gancho, dobradiças, cabo de aço e tampas de extremidades. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O equipamento apresentou um valor de aproximadamente R$ 600,00. Sua locomoção foi facilitada através de roldanas moveis e dobradiças. Além disso, o Leg Training foi construído com materiais reutilizáveis e biodegradáveis, contribuindo para a sustentabilidade do planeta. O fortalecimento muscular representa grande relevância no processo de reabilitação (OVANDO et al, 2010), podendo ser realizado por exercícios resistidos com cargas variáveis ou constantes (LIMA et al, 2006). A resistência variável não define informações quantitativas e pode ser ofertada através de materiais elásticos (DE PAULA, 2017), com isso, essa resistência sempre será subjetiva. A resistência constante é caracterizada por cargas fixas, que permitem o aumento da resistência aplicada gerando maior controle de carga e menor risco de lesão. Nesse sentido, os equipamentos com materiais sustentáveis promovem menor impacto ambiental e diminuem riscos e agravos à saúde coletiva, além de garantir economia financeira ao utilizar de forma consciente os recursos naturais (DOS SANTOS, 2015). CONCLUSÃO: Dessa forma, conclui-se que, este aparelho é inovador e econômico, além de possuir boa locomoção e possíveis chances de reprodutibilidade, facilitando a sua produção em larga escala.

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Referências

ABDON, Ana P. V; DIAS, Ângela M. M; MELO, Ana M. M; LUNA, M. E. B. Os efeitos da bola suíça nos pacientes portadores de hemiplegia por acidente vascular cerebral. RBPS; 21 (4): 233-239; Fortaleza – CE, 2008.

DE PAULA, Leandro V; COELHO, Emerson F; FERREIRA, Renato M; OLIVEIRA, Emerson C; WERNECK, Francisco Z; ARAÚJO, Cleudmar A. Resistance properties of elastic tubing commonly used in rehabilitation and sports training and the effects of previous cyclic loading-unloading. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, Ouro Preto - MG, (S4.A): P. 13-28, 2017.

DOS SANTOS, Ana C. P; SCARIOT, Angelo B; OLIVEIRA, Fernanda E; RADAELLI, Patricia B. Vantagens e desvantagens da construção sustentável. Public Knowledge Project, Toledo - PR, ISSN 2318-0633, 2015.

FRANCIULLI, Patrícia M; MAGALDI, Cristiane M; BIGONGIARI, Aline; BARBANERA, Márcia. Efeito do treinamento resistido em hemiparéticos crônicos no equilíbrio e torque isocinético do joelho. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, São Paulo - SP, Vol. 22, Nº 2, 125-130, Maio, 2018.

LIMA, Ana P. T; RIBEIRO, Itatiara A; COIMBRA, Leda M. C; SANTOS, Monique R. N; ANDRADE, Everaldo N. Mecanoterapia e fortalecimento muscular: um embasamento seguro para um tratamento eficaz. Rev. Saúde. Com. Jequié - BA, V. 2, Nº 2, P. 143-152, 2006.

OVANDO, Angélica C; MICHAELSEN, Stella M; DIAS, Jonathan A; HERBE, Vanessa. Treinamento de marcha, cardiorrespiratório e muscular após acidente vascular encefálico: estratégias, dosagens e desfechos. Fisioter. Mov, Curitiba - PR, v. 23, n. 2, p. 253-269, abr./jun. 2010.

PINTO, Luiz G; DIAS, Raphael, M. R; SALVADOR, Emanuel P; JÚNIOR, Aylton F; LIMA, Celimara V. G. Efeito da utilização de bandas elásticas durante aulas de hidroginástica na força muscular de mulheres. Rev Bras Med Esporte, São Bernardo do Campo - SP, Vol. 14, Nº 5, Set/Out, 2008.

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Publicado

2020-08-10

Como Citar

Anjos, L., Barbosa, J., Exel, A., Palhares, W., Gonçalves, P., & Sousa, N. (2020). Leg training no fortalecimento dos músculos flexores e extensores do tornozelo. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (7). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/12556

Edição

Seção

PROBIC E PIBIC