ANALISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE GESTANTES COM SÍFILIS DE ACORDO COM O NÍVEL DE ESCOLARIDADE NO MUNICÍPIO DE MACEIÓ-AL, UMA QUESTÃO SOCIOECONÔMICA?

Autores

  • Rayana Ribeiro Trajano de Assis
  • Carlos Henrique Bezerra de Siqueira
  • Izabelle Barbosa da Silva
  • Soniely Nunes de Melo
  • Cláudio Gabriel Pinto
  • Manoel Correia de Araújo Sobrinho

Resumo

RESUMO: Introdução: A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pelo Treponema palidum que, apesar de possuir transmissão primariamente sexual, também pode ser contraída por via transplacentária durante a gestação, tendo, essa forma de contágio, severas repercussões para o feto, desde aborto até complicações neurológicas. (FEBRASGO), causando grande preocupação para a saúde pública. Objetivo: o trabalho objetiva evidenciar a correlação entre a incidência de sífilis em gestantes e o nível de escolaridade das mesmas no município de Maceió-AL. Metodologia: Trata-se de uma análise comparativa de dados a respeito do diagnóstico de sífilis na gestação hospedados no site do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, no site da Secretaria de Vigilância em Saúde. Teve como foco o acompanhamento dos casos de gestantes notificadas entre os anos de 2008 e 2018 distribuídas por nível de escolaridade. Resultados: No município de Maceió, entre os anos analisados, foi notificado um total de 1143 gestantes com sífilis, sendo 55,46% composta por mulheres entre 20 e 29 anos. Já em relação à escolaridade, as pacientes estavam categorizadas em analfabetas, com ensino fundamental I completo, fundamental II completo, ensino médio completo ou até o ensino superior completo ou incompleto. A partir dos dados colhidos foi possível observar que 44,7% das mulheres não concluíram o ensino fundamental, apenas 1,6% delas possui ensino superior, seja ele completo ou incompleto, e o restante se distribuiu entre ensino fundamental e/ou ensino médio completo ou incompleto. Conclusão: Tendo em vista o exposto, é possível concluir que a sífilis, assim como a maioria das doenças infecciosas, acomete primordialmente populações mais vulneráveis, e que, apesar de não serem exclusivas de uma classe social, tendem mais a acometer indivíduos com menor grau de instrução, uma vez que estes possuem, em teoria, menos acesso a informação e a políticas de prevenção e redução de danos. Dessa forma, se torna imprescindível a implantação ou o melhoramento de ações públicas focadas para essas populações de forma que explorem  de forma abrangente a educação sexual e o planejamento familiar dentre outros quesitos. Uma boa forma de aplicabilidade dessas atividades, é a realização de parcerias com alunos de cursos na área da saúde, em especial de medicina e de enfermagem, para a realização de atividades educacionais e integrativas,  podendo servir como uma via de aprendizado para ambos, além de promover maior contato desses alunos na atenção primária de saúde.

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Referências

Indicadores e dados básicos da sífilis nos municípios brasileiros. Ministério da Saúde, 2019. Disponível em <http://indicadoressifilis.aids.gov.br/>. Acesso em 06 de Out de 2019.

Sífilis na gravidez. Febrasgo, 2018. Disponível em <https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/700-sifilis-na-gravidez.>. Acesso em: 06 de Out de 2019.

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Publicado

2020-08-10

Como Citar

Trajano de Assis, R. R., Bezerra de Siqueira, C. H., da Silva, I. B., de Melo, S. N., Pinto, C. G., & de Araújo Sobrinho, M. C. (2020). ANALISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE GESTANTES COM SÍFILIS DE ACORDO COM O NÍVEL DE ESCOLARIDADE NO MUNICÍPIO DE MACEIÓ-AL, UMA QUESTÃO SOCIOECONÔMICA?. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (7). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/12531

Edição

Seção

Ciências da Saúde e Biológicas