A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE INTERNAÇÕES EM UTI NEONATAL

Resumo

Introdução: A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é o local onde a atenção e cuidados contínuos permanentes são dadas aos pacientes graves. A unidade neonatal, é detentora de aparelhos sofisticados para atender e melhorar o quadro de recém-nascidos (RN) de 0 a 28 dias de vida. Graças a serviços como a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), na última década a mortalidade infantil sofreu uma queda significante no Brasil, entretanto, os óbitos na neonatologia ainda ocupam mais da metade do número dos óbitos infantis. A internação do RN em uma UTI neonatal pode estar relacionada a múltiplos fatores, como gestação complicada, fatores socioeconômicos e biológicos. Estas complicações implicam em prematuros extremos, baixo peso ao nascer, intercorrências causadas na gestação, síndrome do desconforto respiratório, insuficiência pulmonar crônica dentre outros. Conhecer os dados epidemiológicos de uma UTIN ajudam a tomar decisões estratégicas e melhora a qualidade do serviço na UTI. Objetivo: Entender a importância dos epidemiológicos provenientes de uma UTIN para evitar internamentos ou otimizar o tratamento dos recém-nascidos já internados. Métodos: Para este estudo descritivo de uma revisão de literatura foram efetuadas buscas nas bases de dados como PubMed, Scielo e UpToDate, nos idiomas português e inglês. Foram incluídos artigos entre os anos de 2010 a 2019 que correspondia a estudo transversal, relato de caso e estudo randomizado. Foram excluídos artigos com acesso restrito e revisões bibliográficas.  Resultado: Três artigos foram incluídos no estudo dessa revisão. Foi constatado que os índices de internamento advêm de consequências como o nascimento prematuro por falta de pré-natal adequado, principalmente em adolescentes e usuários de drogas, baixo peso ao nascer, anóxias durante trabalho de parto mal-conduzido, e mal-formações. Além disto, a prematuridade é causa importante de internamento em UTIN, implicando, entre outros, em problemas respiratórios ao nascer. Percebe-se, também, um crescimento na infecção perinatal em detrimento da neonatal. Conclusão: Apesar do preparo tecnológico e profissional nas UTIN, o estudo epidemiológico das doenças neonatais neste serviço, revela grande prevalência de patologias relacionadas ao período pré-natal. Este fato é confirmado, inclusive, pelo nascimento prematuro mais relacionado a casos em que o pré-natal não foi realizado de forma efetiva. É, por fim, importante para computar e analisar estes dados para criar metas e estratégias para otimização não só do tratamento, mas também implementar políticas de educação em saúde e busca ativa das gestantes para que elas realizem o acompanhamento pré-natal adequado. Desta forma o número de partos prematuros e suas sequelas diminuirá e o serviço público de saúde será menos onerado e sobrecarregado.