AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE A PRESENÇA DE FADIGA E A CAPACIDADE FUNCIONAL AERÓBICA DE PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NO AMBIENTE HOSPITALAR
Palavras-chave:
Insuficiência cardíaca, fadiga, exercício.Resumo
Introdução: A insuficiência cardíaca (IC) é uma doença crônica de origem multifatorial, a qual é classificada como uma síndrome clínica complexa, decorrente de um déficit do coração em bombear sangue para dos demais órgãos e tecidos. Sendo assim, pacientes com IC apresentam como sinais e sintomas principais: dispneia, dor torácica, edema em extremidades, fadiga, fragilidade, anemia, arritmias cardíacas; as quais comprometem a diretamente a funcionalidade principalmente pela redução da capacidade funcional aeróbica destes pacientes. No entanto, a progressão da IC leva há um aumento dos sintomas os contribuem para agravamento dos déficits funcionais em virtude do período de internação hospitalar necessário para a estabilização clínica da doença. Objetivos: Avaliar a relação entre a presença/severidade de fadiga e a capacidade funcional aeróbica apresentada por pacientes com insuficiência cardíaca no período de internação hospitalar. Métodos: Trata-se de um estudo observacional de corte transversal, no qual participaram oito participantes com IC que se encontrem internados na enfermaria do Hospital do Coração, Maceió-AL, para o manejo clínico da doença. Os participantes protocolo de pesquisa foram submetidos a avaliação da fadiga de esforço relatada através dos questionários: Dutch Fatigue Scale (DUFS), Dutch Exertion Fatigue Scale (DEFS) e escala Fatigue Severity Scale (FSS), todos aplicados por meio de entrevista. Na sequência foi avaliada a capacidade funcional aeróbica utilizando o questionário Duke Activity Status Index (DASI), o qual foi validado para a população brasileira. Os dados foram tabelados e apresentados em mediana (intervalo interquartil), e a fim de verificar a relação entre a fadiga e a capacidade funcional aeróbica foi aplicado o teste de correlação de Spearman (p<0,05). Resultados: Os participantes apresentaram idade de 71±11 anos e estavam internados em média há 3 dias. Em relação a fadiga foi observado que os participantes apresentavam sinais de fadiga moderado para o DUFS [19(17-22)], DEFS [18(12-24)] e FFS [31(25-36)]. Além disso notou-se uma redução da capacidade funcional aeróbica avaliada pelo DASI [17,5(14,1-21,0 mLO2/kg/min). Adicionalmente, foram observadas uma correlação negativa da capacidade funcional com o DEFS (r=-0,99, p<0,01), e positiva com os valores de DUFS (r=0,61; p<0,05) e FFS (r=0,61; p<0,05). Conclusão: Os resultados do presente estudo mostram que a severidade da fadiga relatada pelos pacientes está intimamente ligada com a redução da capacidade funcional aeróbica dos mesmos durante o período de internação, e que os questionários que avaliam a presença da fadiga na execução das atividades de vida diária (DEFS) parece apresentar os melhores resultados.
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