PREVALÊNCIA DE LESÕES CORRELACIONADA AO VOLUME DE TREINO NO TRIATLO – RESULTADOS PRELIMINARES
Palavras-chave:
Lesões, Triatlo, Volume de TreinoResumo
INTRODUÇÃO: Segundo a Confederação Brasileira de Triathlon (CBTri) o triatlo é uma modalidade esportiva que vem crescendo e se tornando cada vez mais popular no Brasil nos últimos anos. A prática do triatlo gera efeitos benéficos aos atletas, mas também pode gerar efeitos deletérios, resultantes do alto volume de treinamento (VLECK et al., 2014). OBJETIVO: Identificar a prevalência de lesões no triatlo correlacionadas ao volume de treino de acordo com as modalidades de ciclismo, corrida e natação e observar se as lesões foram diagnosticadas por algum profissional capacitado. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal observacional realizado a partir de uma amostra por conveniência. O projeto seguiu as recomendações internacionais para esse tipo de desenho experimental. Para solidificar essas recomendações foram seguidas as consignações da Strengthening the Reportinf of Observational Studies in Epidemiology – STROBE Statemet. O presente estudo foi submetido e aprovado (CAAE: 02704218.6.0000.5641) pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) com Seres Humanos do Centro Universitário Tiradentes (UNIT), somente após a aprovação pelo CEP foi dado início à coleta de dados. Os voluntários assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), certificando de que a participação será de acordo com sua vontade, podendo desistir quando quisessem. Os atletas foram convidados para participar do estudo, mediante convite via e-mail e/ou durante a competição IRONMAN 70.3 Maceió 2019. Foi aplicado um questionário estruturado, com perguntas, com questões referentes à prática esportiva, prevalência de lesões nos últimos 12 meses, quantidade de horas de treino por semana em cada modalidade. RESULTADOS: 198 atletas participaram da pesquisa, 157 (79,7%) homens e 40 (20,3%) mulheres. Perguntas: “Você teve alguma lesão musculoesquelética nos últimos 12 meses” [Sim (44%)]. “A sua lesão foi diagnosticada por algum profissional capacitado” [Médico (55,1%), Fisioterapeuta (41,8%)]. “A sua lesão ocorreu durante qual (is) modalidade” [Corrida (80,9%); Ciclismo(15,7%) e Natação (10,1%)]. “Quantos dias por semana você treina a corrida” [três dias (43,3%); quatro dias (44,2%)]. “Qual o tempo médio de treino de corrida por dia” [uma hora (54,8%); uma hora e meia (34,6%)].DISCUSSÃO :Os atletas de Ironman treinam as modalidades repetitivamente, correndo risco de lesão por excesso de uso (BALES e BALES 2012). Os atletas normalmente têm um volume e intensidade de treinamento total maior do que os atletas de esporte simples (EGERMANN et al. 2003). Segundo Zwingenbergeret et al. (2014) os achados apontaram que grande parte das lesões durante os treinos aconteceram na corrida (50%).CONCLUSÃO: Os resultados parciais do estudo revelaram que 44% dos voluntários tiveram lesão nos últimos 12 meses, grande parte das lesões foram diagnosticadas por médicos e/ou fisioterapeutas. A maioria das lesões ocorreram na modalidade de corrida, onde apresenta um maior volume de treino de três ou quatro dias por semana pelos atletas.
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Referências
BALES, J; BALES, K. Training on a knife’s edge: how to balance triathlon training to prevent overuse injuries.Sports medicine and arthroscopy review, v. 20, n. 4, p. 214-216, 2012.
EGERMANN, M. et al. Analysis of injuries in long-distance triathletes. International journal of sports medicine, v. 24, n. 04, p. 271-276, 2003.
TRIATHLON. Triathlon Brasil, 2019. Disponível em: http://www.cbtri.org.br/triathlon/. Acesso em: 15 out 2019.
VLECK, V; MILLET, GP; ALVES, FB. The Impact of Triathlon Training and Racing on Athletes’ General Health. Sports Medicine, v 44, n. 12, p 1659–1692, 2014
VON ELM, Erik et al. The Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE) statement: guidelines for reporting observational studies. PLoS medicine, v. 4, n. 10, p. e296, 2007.
ZWINGENBERGER, S. et al. An epidemiological investigation of training and injury patterns in triathletes. J Sports Sci
v. 32, n. 6, p. 583-90, 2014.
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