RETINOPATIA DIABÉTICA: ESTUDO COMPARATIVO DOS ACHADOS HISTOPATOLÓGICOS

Autores

  • Bruna Vilela Costa Unit
  • Thomas Henrique Cordeiro Barreto
  • Túlio Lustosa Avelino Lopes

Palavras-chave:

Retinopatia diabética, histopatologia, proliferativa,

Resumo

Introdução: A retinopatia diabética é uma das principais doenças que acometem pacientes diabéticos, cujos índices glicêmicos se mantêm descontrolados. Ela tem como consequência a perda da visão. Essa doença acontece em decorrência de alterações vasculares progressivas que comprometem a retina, dentre elas existem dois tipos de lesão: a retinopatia não-proliferativa, caracterizada por hemorragias intrarretinianas ou pré-retinais, exsudatos retinais, microaneurismas, dilatações venosas, edema e o espessamento dos capilares retinianos (microangiopatia); e a denominada retinopatia proliferativa é um processo de neovascularização e fibrose o que determina o estágio mais grave da doença. Objetivos: Descrever a histopatologia referente a retinopatia diabética. Utilizar os exames de fundoscopia para a comparação entre o aspecto do olho saudável com o olho acometido pela doença, em suas duas vertentes. Métodos: Para a realização deste estudo foram utilizados como bases de pesquisa dois livros referenciais na área da patologia. Bem como, uma revisão bibliográfica com leitura na íntegra de artigos selecionados nas plataformas de pesquisa Scielo e PubMed, utilizando-se dos descritores “diabetc retinopathy” AND “pathology”. Resultados: A partir da análise de informações observou-se que decorrente do acúmulo de glicose intravascular, há sucessivas lesões causando a diminuição do espessamento da parede dos vasos. Isso, culmina na fragilidade do sistema, especialmente, em vasos com menor calibre. Assim, os vasos que irrigam a retina ficam debilitados e a procura de mecanismos para evitar seu extravasamento. Sendo estes englobados pela retinopatia não proliferativa que além dos sintomas anteriores é tipificada pela formação de micro-aneurismas – dilatações saculares em pontos focais de enfraquecimento – que resultam na perda de pericitos e no edema retiniano. Seu aspecto é distinto dos capilares coroidais da retina e aparecem no oftalmoscópio como pequenos pontos vermelhos. Ademais, seus exsudatos podem caracterizar-se como “moles” ou “duros”. O primeiro, formada pelos microinfartos, o qual contém apenas sangue; o segundo são os depósitos de proteínas plasmáticas e lipídios, conferem o aspecto enrijecido a lesão. Na retinopatia proliferativa a histopatologia é a mesma acrescida apenas da angiogênese, uma vez que, novos ramos são formados a partir do vaso principal e também apresentam-se enfraquecidos, sendo mais suscetível a hemorragias, o que leva a consequências graves, incluindo cegueira, especialmente se envolver a mácula. As hemorragias vítreas que ocorrem podem resultar da ruptura de capilares recém-formados de modo consequente a hemorragia puxa a retina para fora do seu substrato, ou seja, descolamento de retina. Conclusão: Diante destas informações fica claro a importância do conhecimento acerca dos aspectos histopatológicos da retinopatia diabética em seus dois estágios, do mesmo modo que em seus achados nos exames de fundoscopia para que se possa promover um diagnóstico precoce e se evite uma das piores consequências da doença: a cegueira.

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Referências

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Publicado

2020-08-10

Como Citar

Costa, B. V., Barreto, T. H. C., & Lopes, T. L. A. (2020). RETINOPATIA DIABÉTICA: ESTUDO COMPARATIVO DOS ACHADOS HISTOPATOLÓGICOS. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (7). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/12506

Edição

Seção

Ciências da Saúde e Biológicas