FATORES ASSOCIADOS AO DIABETES MELLITUS NA POPULAÇÃO BRASILEIRA: DADOS DA PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE DE 2013

Resumo

INTRODUÇÃO: O Diabetes Mellitus (DM) é considerado um importante problema de saúde pública, uma vez que sua incidência e prevalência vêm aumentando com o passar dos anos, representando uma das principais causas de mortes mundial. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 1,6 milhões de pessoas morrem a cada ano por causa do diabetes e 422 milhões de adultos no mundo convivem com esta patologia. Para a América Central e a América do Sul, a estimativa de pessoas com diabetes em 2013 era de 24 milhões de pessoas, podendo chegar a 38,5 milhões em 2035 – um aumento projetado de 60%. Para o Brasil, o contingente estimado, de 11,9 milhões de casos, pode alcançar 19,2 milhões em 2035. OBJETIVO: Identificar a prevalência de diabetes e os fatores associados na população adulta brasileira, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) realizada em 2013. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal, utilizando os dados do inquérito nacional de base populacional denominado Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), referente ao ano de 2013, a última realizada e conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com Ministério da Saúde. RESULTADOS: O total de diabéticos entrevistados na pesquisa foi de 6,2%, o equivalente a um contingente de 9,1 milhões de pessoas em todo Brasil. Os idosos (acima de 60 anos) possuem elevado índice de DM, aumentando em mais de 10% essa incidência em comparação aos maiores de 18 anos e menores de 60 anos, tendo como principais fatores de riscos para o desenvolvimento dessa patologia genéticos, sedentarismo, maus hábitos alimentares, etilismo e tabagismo, condições socioeconômicas e outras doenças associadas. Entre as recomendações feitas por médicos aos diabéticos, destaca-se a adoção da alimentação saudável (94,9%). CONCLUSÃO: Observou-se que a população idosa é a mais acometida pelo diabetes mellitus em comparação a população adulta e que os fatores que mais contribuem para o desenvolvimento de DM são representados pelos hábitos alimentares inadequados e sedentarismo. Diante do exposto, recomenda-se estratégias que visem a educação alimentar e nutricional para população, promovendo desse modo mudanças no estilo de vida que visem o controle e prevenção do DM, principalmente para os idosos, e assim, contribuir para uma melhor qualidade de vida.