A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA

Autores

  • Elidiane Macedo de Soares UNIT AL

Resumo

Introdução: A assistência ao parto nos dias atuais tem como característica a medicalização do processo gravídico, onde a mulher deixa de ter a atenção central e passa a ser um elemento secundário no cenário de nascimento, deixando a mulher exposta a situações indesejadas, as chamadas violências obstétricas. A violência obstétrica (VO) tem sido muito presente, porém, não identificada, sendo caracterizada como qualquer negligência física, psicológica, verbais e/ou procedimentos nocivos e desnecessários no decorrer do cuidado obstétrico profissional, seja ele no pré-natal, parto ou pós-parto, podendo ainda ser acrescentado o abuso de medicalização e a transformação dos processos fisiológicos em patologia. A atuação do enfermeiro na assistência ao parto apresenta-se como uma medida capaz de minimizar intervenções dispensáveis durante o processo de parturição, o que resulta em um cuidado efetivo e integral tanto a parturiente quanto a sua família. A autonomia dada ao enfermeiro nos cuidados obstétricos na assistência ao parto de baixo risco ou de risco habitual pode ser eficaz na prevenção da violência obstétrica, evitando intervenções desnecessárias durante o trabalho de parto, podendo o enfermeiro conceder um cuidado integral a mulher e a família. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo descrever a atuação do enfermeiro na prevenção da violência obstétrica. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, sendo a mesma fundamental no processo de investigação a fim de localizar, analisar, sintetizar e interpretar os estudos relacionados ao tema abordado, através de publicações científicas em periódicos, livros e outros. Resultados: Embora exista uma alta incidência de VO, durante o estudo ficou nítido a dificuldade das pacientes identificarem uma situação de violência obstétrica, até pelo momento de vulnerabilidade vivenciado, acabam aceitando determinadas situações de VO. Tornando um momento especial traumatizante, não apenas para paciente, mas para os demais profissionais que se calam diante de situações de violência obstétrica. Nesse contexto, a atuação do enfermeiro é fundamental na redução dos casos de VO, sendo o enfermeiro o profissional apto e qualificado para evitar a realização de intervenções desnecessárias do pré-natal ao pós-parto, aumento o prazer a cerca do momento único vivenciado e reduzindo os sentimentos negativos a cerca da vivência gravídica. Conclusão: Diante do estudo verifica-se que a violência obstétrica caracteriza-se por qualquer forma de tratamento desrespeitoso ou que cause danos físicos e psíquicos no período do pré-natal, parto e puerpério, podendo ir desde injúria verbal até procedimentos clínicos desnecessários e sem justificativa, como a indução da cesariana. Sendo de grande relevância a inserção do enfermeiro na assistência do parto como medida de intervenção para o oferecimento do parto humanizado, inerente ao suporte integral que pode ser proporcionado a paciente e sua família, amenizando a dor e/ou mesmo prevenindo a violência obstétrica.

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Publicado

2020-08-10

Como Citar

de Soares, E. M. (2020). A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (7). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/12493

Edição

Seção

Ciências da Saúde e Biológicas