AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM METÁSTASE ÓSSEA E DOR CRÔNICA SOB CUIDADOS PALIATIVOS NO MUNICÍPIO DE MACEIÓ – AL.
Palavras-chave:
Cuidados paliativos, dor, qualidade de vidaResumo
Introdução: A dor oncológica, caracterizada por sua multidimensionalidade, é o principal sintoma e queixa de sofrimento dos pacientes portadores de metástase óssea. Assim, o manejo da dor ao gerar incapacidade, somado ao estresse decorrente da doença, pioram significativamente a qualidade de vida do paciente. Quando a cura e a prolongação da vida já não são possíveis, a qualidade de vida torna-se a medida fundamental. Assim, surge o paliativismo com uma terapêutica direcionada a minimização sintomatológica do enfermo em situação terminal. Objetivo: Analisar a qualidade de vida de pacientes oncológicos com metástase óssea sob cuidados paliativos, relacionar qualidade de vida a dor crônica e identificar as melhorias do quadro álgico. Metodologia: Ao assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, aplicou-se uma ficha para identificação. Depois, a Escala Multidimensional da Avaliação da Dor (EMADOR), que caracteriza a dor, seu período, localização, intensidade e descritores. Além dela, a Escala de Dor Neuropática (DN4) para análise de componente neuropático, paralela à escala que avalia qualidade de vida - MCGill. Reaplicavam-se mensalmente durante um ano para obtenção de resultados qualitativos e quantitativos dos respectivos indivíduos internados e/ou ambulatoriais. Resultados: 16 pessoas foram avaliadas no período de um ano, duas foram reavaliadas uma vez e uma foi reavaliada duas vezes. Destes, 62,5% eram mulheres e 37,5% homens. Para a analgesia, era usado morfina, dipirona, tramadol, dexametasona e gabapentina. O DN4 revelou que 68,75% tinham dor neuropática e 31,25% não. O EMADOR acusou prevalência de dor na coluna lombar (75%), peitoral (50%) e na escala visual analógica, prevaleceu nota 10 (25%) e 6 (18,75%). No MCGill, classificamos os resultados em “muito ruim” (notas 0-2), ruim (3-4), regular (4-5), bom (6-7) e ótimo (8-10). Na parte “A” do questionário, 37,25% obtiveram ótimo, 31,25% bom, 25% regular e 6,25% muito ruim. Nas B, C e D, o score validado apontou 62,5% entrevistados com boa qualidade de vida e 37,5% regular. Dos entrevistados, dois foram reavaliados uma vez e um reavaliado duas vezes. A reavaliada uma vez evoluiu com piora álgica e de qualidade de vida. Os outros dois reavaliados mais de uma vez saindo obtiveram melhora em todos os aspectos. Conclusão: A qualidade de vida, mesmo que reavaliada em poucos pacientes, mostrou-se boa, visto que os pacientes já estavam em tratamento paliativo acompanhado pela equipe multiprofissional. O quadro álgico, além de estar controlado, também melhorou nos reavaliados, quando considera-se a maioria. A dor neuropática, presente na maioria dos pacientes, estava controlada através das terapêuticas multiprofissionais utilizadas. Logo, fica claro que a equipe de cuidados paliativos, contribui diretamente e positivamente no dia a dia do paciente, melhorando sua qualidade de vida global e fornecendo dignidade até o fim de sua vida.Downloads
Referências
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