PERCEPÇÃO DA IMAGEM CORPORAL EM ESCOLARES BRASILEIROS: PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE DO ESCOLAR, 2015.

Autores

  • Diwllayne Virtuozo Centro universitário Tiradentes
  • Rosele Ferreira Centro universitário Tiradentes
  • Jaqueline Gomes
  • Sybelle Cavalcante

Palavras-chave:

Adolescência, Saúde Pública, Transtorno Alimentar.

Resumo

RESUMO
Introdução: A adolescência, é uma fase do ciclo da vida que representa um
período de grandes mudanças caracterizadas por transformações biológicas e
emocionais. O adolescente, muitas vezes acaba sendo submetido a uma
exacerbada valorização da aparência física, altos padrões sociais de beleza.
Esse padrão é veiculado, sobretudo pela mídia, o que pode ocasionar
sentimentos de insatisfação e de baixa autoestima com o próprio corpo. A
imagem corporal (IC) pode ser definida como a formação multidimensional que
envolve a percepção corporal, o desenho que uma pessoa tem em sua mente
em relação ao tamanho, imagem e formas corporais, associado aos
sentimentos que ela apresenta referente ao seu corpo. Objetivo: Avaliar a
percepção da imagem corporal em escolares brasileiros avaliados na Pesquisa
Nacional de Saúde do Escolar no ano de 2015. Metodologia: Trata-se de um
estudo transversal, utilizando dados da amostra 2 do inquérito de base
populacional, denominado Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE)
realizado no Brasil em 2015, que submetendo adolescentes de 13 a 17 anos de
todo o país, por meio de um questionário autoaplicável, incluiu questões sobre
imagem corporal. Resultados: Relatos dos escolares apresentam indicativos
de transtornos alimentares, para um conjunto total da população questionada
por faixa etária e sexo dos púberes. Entre os resultados encontrados, um total
de 16.608 estudantes com questionários válidos, no que se refere ao
sentimento, o grau de satisfação ou insatisfação com o seu próprio corpo,
19,1% dos alunos avaliados, declaram estar insatisfeitos ou muito insatisfeitos.
Dentre os meninos, esse percentual é de 12,6% e entre as meninas 25,7%.
Verificou-se que há uma maior proporção de meninas, que se achavam gordas
(24,7%), comparadas aos meninos (15,1%), o inverso na proporção quando se
trata da auto percepção do peso para magro (a) ou muito magro (a)
encontrando-se 26,7% das meninas e maior prevalência nos meninos (28,6%).
Os estudantes relataram terem utilizado atitudes extremas para atingir o corpo
idealizado, nos últimos 30 dias anteriores à pesquisa: 7,4% vomitaram ou
usaram laxantes, 6,7% fizeram uso de remédios, fórmulas ou outro produto

para perder peso, enquanto que 8,4% o fizeram para ganho. Tais condutas
foram adotadas por iniciativa própria sem acompanhamento adequado.
Conclusão: Pode-se observar um elevado grau de insatisfação com a imagem
corporal entre os escolares brasileiros, estes corroboram uma possível
tendência comportamental de práticas purgativas, sendo o sexo feminino, em
geral, mais vulnerável às pressões sociais, impostos pelos altos padrões de
beleza midiatizados. Deste modo é necessário, realização de mais estudos
referentes aos distúrbios de percepção de imagem corporal, principalmente
entre os adolescentes, visto que é nesta fase da vida que muitas mudanças
são realizadas.

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Referências

Referências/References:

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Publicado

2020-08-10

Como Citar

Virtuozo, D., Ferreira, R., Gomes, J., & Cavalcante, S. (2020). PERCEPÇÃO DA IMAGEM CORPORAL EM ESCOLARES BRASILEIROS: PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE DO ESCOLAR, 2015. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (7). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/12468

Edição

Seção

Ciências da Saúde e Biológicas