Doença de Chagas

Autores

  • Joadna Santos Melo Centro Universitário Tiradentes
  • Juliana Santos Silva Centro Universitário Tiradentes
  • Cristhiano Sibaldo Almeida Centro Universitário Tiradentes

Palavras-chave:

Cardiomiopatia de chagas, Doenças de chagas, Trypanosoma cruzi

Resumo

RESUMO: INTRODUÇÃO: A Doença de Chagas (DC) ou tripanosomíase americana é uma infecção generalizada, essencialmente crônica, causada por um protozoário hemoflagelado, o Trypanosoma cruzi (T. cruzi), transmitida naturalmente ao homem e a outros animais por intermédio de hemípteros hematófagos da subfamília Triatominae. Outras vias de transmissão são transfusão de sangue, aleitamento materno entre outras. A doença apresenta duas fases: a inicial ou aguda (DCA), que perdura por 4 a 8 semanas, muitas vezes assintomática ou oligossintomática, caracterizada pela presença do tripomastigota no sangue do hospedeiro; e a segunda fase que pode perdurar por anos ou décadas, quando há evolução para a forma crônica, que é caracterizada pelo comprometimento dos tecidos cardíaco e/ou digestório, com difícil detecção de parasitos circulantes.  Em 2006, o Brasil recebeu da Organização Mundial de Saúde (OMS) certificado de erradicação da transmissão da doença pelo mais relevante vetor domiciliado, o Triatoma infestans. Isto, de forma alguma, representa a erradicação da doença – alvo inerentemente inalcançável – a qual continua acontecendo por meio de surtos mediados por outros mecanismos de transmissão. OBJETIVO: Relatar a Doença de chagas e seus efeitos no hospedeiro além de seu diagnóstico clínico e laboratorial. METODOLOGIA: Através de pesquisa por sites de busca como Scielo, Pubmed e revistas eletrônicas. DISCUSSÃO: As alterações laboratoriais inespecíficas de fase aguda descritas são hipoproteinemia total, diminuição da albuminemia, aumento da bilirrubina indireta, leucocitose discreta ou moderada, linfocitose atípica, neutropenia, plasmocitose, aumento da velocidade de hemossedimentação, elevação das alfa-2 e gamaglobulinas, sendo que essas manifestações tendem a desaparecer no fim de algumas semanas ou meses após a infeção. Os exames laboratoriais específicos compreendem a demonstração do T. cruzi em sangue periférico ou líquido cefalorraquidiano (LCR) por métodos a fresco, com coloração, concentrado de Strout ou microhematócrito, biópsia de lesão cutânea, conjuntiva, linfonodos, demonstração do parasita por técnica imunocitoquímicas e hemocultura. A demonstração direta do T. cruzi pelo método a fresco (entre lâmina e lamínula), após coloração, pelo método de concentração de Strout ou pelo microhematócrito é em geral positiva nas primeiras semanas da doença. O T. cruzi é regularmente e facilmente encontrado em amostras de sangue do recém-nato com DCC, em contraste com que ocorre na DC adquirida. CONCLUSÃO: Apesar de existirem importantes estratégias que vêm sendo implementadas, o Brasil ainda se encontra num estágio embrionário e pontual no combate à doença de Chagas. Um dos problemas de todas essas novas metodologias baseadas em caros procedimentos de Biologia Molecular é o custo ao paciente ou à instituição que as realiza. Sendo assim, existem muitos desafios para o Brasil no que se refere à estruturação de ações voltadas para atenção, vigilância, prevenção e controle, com vistas a respostas efetivas para toda a sociedade.

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Referências

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Publicado

2020-08-10

Como Citar

Melo, J. S., Silva, J. S., & Almeida, C. S. (2020). Doença de Chagas. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (7). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/12451

Edição

Seção

Ciências da Saúde e Biológicas