IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DA DOR E SÍTIOS PRIMÁRIOS DE METÁSTASE ÓSSEA EM PACIENTES INTERNADOS EM UM SERVIÇO DE CUIDADOS PALIATIVOS EM MACEIÓ

Resumo

Introdução: Entre as neoplasias do esqueleto, a metástase óssea é a forma mais frequente, sendo os principais os principais sintomas relacionados à dor progressiva e noturna sem períodos de melhora. Na literatura, os tipos de tumor que mais geram tais metástases são os de mama, pulmão, rim, tireoide e próstata. Os cuidados paliativos, enquanto área responsável por minimizar sofrimento físico e psíquico do enfermo, poderia redirecionar essa percepção dolorosa e proporcionar uma melhora da qualidade de vida e controle através do controle das crises álgicas.  Ao gerarem metástases para os ossos, estes tumores costumam provocar dor aguda, crônica e neuropática e faz-se necessário seu rastreio e quantificação para o melhor tratamento. Objetivo: Correlacionar a avaliação da dor e os sítios primários de metástase óssea. Material e Métodos: Estudo transversal realizado com 16 pacientes internados em uma unidade de cuidados paliativos de Maceió, Alagoas. Os dados de sexo, idade e sítio primário da neoplasia foram extraídos dos prontuários. Já os dados relacionados aos tipos de dores, foram coletados através Escala Multidimensional de Avaliação da Dor (EMADOR) e pela escala DN4 (Douleur neuropathique 4 questions).  Número de autorização CEP/UNITAL 2.743.675. Resultados: Dos 16 pacientes avaliados, 63% eram do sexo feminino e 38% eram do masculino; destes, 44% tinham idade acima de 65 anos. Foram observados dois casos de adenocarcinoma de próstata, três casos de câncer (CA) de pulmão e casos isolados das seguintes neoplasias: carcinoma folicular de tireoide, mieloma múltiplo, mama, rim, sincrônico próstata e rim, neoplasia mesenquimal, melanoma metastático, melanoma maligno e colo de útero. Destes pacientes, todos possuíam dor aguda e crônica, classificada e acompanhada pela EMADOR e, 12 dos 16 enquadravam-se nos critérios de dor neuropática do DN4. Conclusão: Faz-se necessário intensificar políticas de prevenção e rastreamento de neoplasias, particularmente da de pulmão, para que estes pacientes tenham chance de tratar antes de evoluir. Além disto, as escalas de dor são úteis para nortear o tratamento e controle das crises álgicas. O cuidado paliativo trata o paciente de forma global, a fisioterapia, psicologia, nutrição e fonoaudiologia somadas a medicina melhoram consideravelmente as crises álgicas e, consequentemente, a qualidade de vida total do portador de metástases ósseas.