COMORBIDADE CRÔNICA NA DIABETES MELLITUS: RETINOPATIA DIABÉTICA
Palavras-chave:
Diabetes Mellitus, Fisiopatologia, Hiperglicemia.Resumo
Introdução: A retinopatia diabética (RD) é umas das complicações microvasculares mais importantes do diabetes mellitus, considerada um tipo de microangiopatia, uma vez que pequenos vasos sanguíneos são vulneráveis ao dano proveniente do excesso de glicose no organismo, é a causa mais frequente de cegueira que acomete a população ativa dos países industrializados e provoca grandes impactos negativos tanto na saúde pública quanto no sistema de seguridade social. A incidência e prevalência têm aumentado devido à urbanização, maior expectativa de vida e hábitos da vida moderna. Essa comorbidade está associada a fatores de risco associados como hiperglicemia prolongada e tempo de duração da doença e encontra-se presente em ambos tipos de diabetes, 1 e 2. Objetivo: Compreender a influência do diabetes mellitus e a fisiopatologia da retinopatia diabética, juntamente com suas complicações. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura cujas buscas foram realizadas nas bases de dados PubMED e SciELO durante o período de outubro de 2019. Foram utilizados como descritores: “diabetic retinopathy”, “pathophysiology” e “diabetes mellitus”através da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Os critérios de inclusão foram: ter sido publicado nos últimos 5 anos, abordar a temática no resumo e relação título. Resultados e discussão: Através da pesquisa realizada, percebe-se que a RD é uma doença secundária da retina causada por alterações vasculares devido ao diabetes mellitus. Os mecanismos do dano celular presentes na RD incluem o acúmulo intracelular de sorbitol, estresse oxidativo, acúmulo de produtos da glicação avançada e ativação excessiva de várias isoformas da proteína Quinase C. Os níveis hiperglicêmicos intracelulares persistentes causam a hidrogenação da glicose, resultando no acúmulo de sorbitol. Diante desse quadro, há o desequilíbrio osmótico e influxo de água, esse fenômeno afeta principalmente a integridade do endotélio e compromete a microcirculação da retina. Além disso, a insulina é um hormônio vasoativo que causa a dilatação dos vasos retinianos. Essa fisiopatologia pode acarretar em microaneurismas e hemorragias. Conclusão: Com a grande incidência e prevalência da retinopatia diabética, é notório a grande ameaça para a preservação da saúde do paciente com DM devido a períodos de hiperglicemia prolongada, acarretando em sérios problemas visuais, podendo resultar em cegueira. Dessa forma, é necessário o tratamento específico, isto é, o rígido controle glicêmico, através de uma boa conduta terapêutica e bons hábitos de vida, evitando os problemas de retinopatia diabética. Bem como, o rastreamento da RD desempenha um papel primordial na prevenção da cegueira.Downloads
Referências
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