ENGENHOS DE AÇÚCAR E REALIDADE VIRTUAL - ULTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS PARA DOCUMENTAÇÃO, REGISTRO E DIVULGAÇÃO DO PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO
Palavras-chave:
banguê, preservação, digital.Resumo
Introdução: A arquitetura sempre constituiu um papel importante e fundamental na sociedade, dentre eles o exercício teórico e prático da preservação patrimonial. Com o avanço temporal e o desenvolvimento tecnológico as dinâmicas sociais sofrem uma mutação contínua ao passo que surgem novas perspectivas de futuro que incluem a preocupação com a proteção histórica. Alagoas é um estado que contempla diversos bens edificados e imateriais. A história da colonização brasileira se conecta as construções ligadas a economia do açúcar, compreendendo inclusive a formação do território alagoano, que resultou em um complexo social e arquitetônico de edificações voltadas à produção açucareira – os Engenhos de Açúcar. No século XVII, esses banguês estavam em plena prosperidade e durante anos, foram reflexos do desenvolvimento econômico português. Entretanto, a partir do século XIX, perdem espaços para as “modernas” usinas e consequentemente, sua importância, restando assim poucos exemplares que conseguiram alcançar o século XXI. A ausência de documentação e registros destes sítios dificultam os procedimentos de se manter vivas suas identidades. Objetivo: Investigar e utilizar de forma pratica o conceito de patrimônio digital por meio dos engenhos alagoanos em especial o Engenho Lamarão. Metodologia: A estrutura da pesquisa consiste em três ciclos, o primeiro trata-se da investigação bibliográfica, baseada nas leituras de Diegues Júnior (2006), Azevedo (2005), logo após, foi feita mais uma revisão de literatura pelo conteúdo especifico sobre preservação histórica e tecnológica, encontrados sobretudo nos anais do SIGraDi (Sociedade Iberoamericana de Gráfica Digital), sendo este responsável pelo reconhecimento do conceito HBIM (Historic Building Information Modeling), que segundo Andrade et al (2018) baseia-se no levantamento de um processo inteligente que gera informações digitais detalhadas em tudo que corresponde ao inventariado do patrimônio, obtidos por lazers scanners e/ou fotogrametria. No ciclo intermediário, foram feitas as visitas aos campos de estudo para o reconhecimento espacial e coleta de informações, privilegiando os exemplares localizados na região metropolitana de Maceió. Ainda neste período foi definido para a digitalização do modelo, a casa-grande da Fazenda Lamarão localizada no município de Pilar. Por fim o terceiro e último ciclo se destina a aplicação pratica, ou seja, a criação completa da modelagem, fundamentada pelo conteúdo da dissertação “Expressão arquitetônica e estratégias bioclimáticas: A influência do clima na configuração a casa na contração do repertorio arquitetônico em Pilar-AL, que ajudou a compor os materiais 2D, 3D e BIM (modelagem da informação) através do software Revit 2018. Resultados: Como resultado do cruzamento dessas informações procede o modelo digital então desenvolvido, se configurando como um experimento que pode contribuir nas condutas de catalogação e documentação tanto deste quanto de outros edifícios históricos. Conclusão: Em regra as definições que aplicam os registros e a gestão patrimonial se mostram significativas. Por meio dos referenciais é possível notar que as tecnologias de amplitude BIM já são sinônimas de documentação do patrimônio digital. Ainda sobre os softwares de magnitude BIM, estes tornam-se ferramentas múltiplas ao campo da arquitetura, e no tocante da edificação se mostram muito mais que uma mera representação, mas uma construção com um compilado de dados técnicos/históricos.
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Referências
ANDRADE, M. J. F. S. et al. Documentando materiais e técnicas construtivas utilizando o BIM: um sobrado em Fortaleza na primeira metade do Sec. XX. In: Anais do 5º Seminário Ibero-americano Arquitetura e Documentação. Anais...Belo Horizonte (MG) UFMG, 2018. Disponível em: <https://www.even3.com.br/anais/arqdoc/71680-documentando-materiais-e-tecnicas-construtivas-utilizando-o-bim--um-sobrado-em fortaleza-na-primeira-metade-do-sec/>. Acesso em: 20/07/2019 15:00
AZEVEDO, João. O vale do comendador. Rio de Janeiro: Edições Tempo Brasileiro, 2005. 269p.
DIÉGUES JUNIOR, Manuel. O Banguê das Alagoas. Maceió: Edufal, 1980.
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