ESTRATÉGIAS EM SAÚDE NA DIMINUIÇÃO DO CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS

Autores

  • Maria Mariana Sabino Gouveia UNIT AL
  • Laura Kariny Vieira Ramalho UNIT AL
  • Juliana Vasconcelos Lyra da Silva UNIT AL

Palavras-chave:

açúcar, doenças crônicas, sal

Resumo

 Introdução: O consumo de alimentos ultraprocessados é algo recorrente e crescente na sociedade atual, seja ele influenciado por estilo de vida; renda ou insegurança alimentar. O excesso no consumo de tais alimentos associado a outros fatores como genética, sedentarismo, tabagismo e alcoolismo surtem efeitos negativos na saúde da população, podendo ocasionar doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) como diabetes, hipertensão, obesidade e dislipidemia. A partir disso, nota-se a importância da nutrição na realização de ações de educação em saúde voltadas para a promoção da saúde e prevenção de doenças, evitando as DCNT. Objetivo: o presente trabalho teve como objetivo promover ação educativa em sala de espera de uma Unidade de Referência em Saúde(URS) no bairro do Vergel em Maceió/Al, pautada nas quantidades de açúcar e sal nos ultraprocessados e os males que o excesso deles na alimentação podem causar. Métodologia: A ação foi pautada na apresentação de dois cartazes com imagens ilustrativas de alguns alimentos ultraprocessados de consumo recorrente da população, e que possuem um excesso de açúcar e sódio adicionados à composição. Ao lado das imagens foram colocadas as quantidades equivalentes de açúcar e sal presentes nas porções dos respectivos alimentos com o intuito de mostrar de uma forma mais palpável o excesso desses aditivos. Antes da ação houve a aplicação de Marcadores de Consumo Alimentar(MCA) do Ministério da Saúde com 15 pessoas presentes no local para assistir à ação e que se disponibilizaram a responder o formulário. Tal formulário é usado para avaliar, de forma geral, o padrão de consumo alimentar da comunidade. Resultados: De acordo com a análise observou-se que 40% das pessoas afirmou ter pelo menos uma doença crônica (dentre diabetes, hipertensão arterial e dislipidemia); 54% afirmou ter comido embutidos no dia anterior; 60% afirmou se alimentar em frente à televisão ou celular; 87% afirmou ter comido frutas/verduras no dia anterior. Em relação à ação de educação em saúde notou-se a mesma foi produtiva, tendo a população mostrado interesse pelo tema, participado com depoimentos e tirado dúvidas.  Conclusão: De acordo com os resultados, é notável que as DCNT são consideravelmente presentes na população assim como o consumo de produtos alimentícios ultraprocessados. Dados que mostram a possível relação da má alimentação com o aparecimento e progressão de tais doenças. À respeito da ação educativa, foi notória a participação de algumas pessoas e a vontade de mudar os hábitos, o que mostra a importância da realização de ações em saúde ao levar conhecimento de uma forma simples, para populações, sobre os riscos que uma má alimentação pode trazer à saúde.

 

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Biografia do Autor

Maria Mariana Sabino Gouveia, UNIT AL

Acadêmica de Nutrição, área da saúde

Laura Kariny Vieira Ramalho, UNIT AL

Acadêmica de Nutrição, área da saúde

Juliana Vasconcelos Lyra da Silva, UNIT AL

Nutricionista e Mestre em Ciências da Saúde

Referências

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Publicado

2020-08-10

Como Citar

Gouveia, M. M. S., Ramalho, L. K. V., & Lyra da Silva, J. V. (2020). ESTRATÉGIAS EM SAÚDE NA DIMINUIÇÃO DO CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (7). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/12424

Edição

Seção

Ciências da Saúde e Biológicas