Hepatites A, B, C, e D no município de maceió : um análise epidemiológica

Autores

  • Mariana Serpa Menezes UNIT Alagoas

Palavras-chave:

Hepatites virais, Maceio e epidemiologia

Resumo

 

Resumo

Introdução: As hepatites A, B, C e D, são provocadas por diferentes agentes etiológicos que possuem como fator comunal o tropismo hepático. Apesar disso, possuem um quadro clínico sintomático semelhante e de péssimo prognóstico caso não seja identificado precocemente - sendo essa a justificativa para tais doenças ser de elevado grau de preocupação para a saúde pública. Para melhorar o prognóstico, a vigilância epidemiológica utiliza o Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN para identificar o número de casos para auxiliar no rastreio das hepatites. Objetivo: Analisar a epidemiologia das hepatites virais, segundo classificação etiológica, forma de transmissão e gênero na cidade de Maceió no estado de Alagoas. Metodologia: Estudo transversal por meio da coleta de dados do boletim epidemiológico com dados obtidos no SINAN, relacionados as hepatites virais no ano de 2019 e da pesquisa bibliográfica realizada no período de 2012 - 2018 na plataforma Scielo. Resultados e Discussão: Dos 828 casos encontrados, em torno de 15% eram do grupo A, 40% do grupo B, 43% do grupo C e apenas 2% dos casos do grupo D. Entre esses, os de maior alteração durante os anos foi do grupo B e C com maior destaque entre os anos de 2015 e 2016, constando um total de 53 mortes confirmadas tendo hepatite como causa base, representando 6.4% de todos os casos no período estudado.. No tocante a razão de infecção de homens e mulheres o número de infectados do sexo masculino tende a crescer em detrimento do número de mulheres, atingindo em 2018 uma ração de 2,1 para 1,1.Levando em consideração a via de transmissão oral-fecal da hepatite A, a melhoria do saneamento básico é imprescindível para melhoria do quadro epidêmico, no entanto ainda mantendo um quadro de alarme no que se refere a saúde pública; no referente às hepatites B, C e D a via de transmissão é a hematológica, a universalização da imunização para hepatite B, a crescente pesquisa para hepatite C nos bancos de sangue e conscientização no tocante ao contágio e gravidade da hepatite D por meio de ações em saúde. Conclusão: A ampliação do rastreio e da realização de ações em saúde geraram um aumento aparente do número de casos, não referente ao maior número de pessoas infectadas durante o período estudado mas sim caracterizado pelo aumento de notificações, além disso os dados tangentes a hepatites virais sofreram decréscimos no número total de óbitos ,decorrentes de melhora na qualidade do saneamento básico que ainda não alcança os requisitos essenciais para erradicação de tal epidemia , da universalização para vacinação contra hepatite B mas principalmente da qualidade das ações em saúde ofertada por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).


Hepatitis A, B, C, and D in Maceió City: an epidemiological analysis

Abstract:

Introduction: Hepatitis A, B, C and D are caused by different etiological agents that have liver tropism as a common factor. Nevertheless, they have a similar symptomatic clinical picture and a poor prognosis if not identified early - which is why these diseases are of high concern for public health.  To improve prognosis, epidemiological surveillance uses the Reporting Disease Information System (SINAN) to identify the number of cases to assist in hepatitis screening. Objective: To analyze the epidemiology of viral hepatitis, according to etiological classification, form of transmission and gender in the city of Maceió, state of Alagoas. Methodology: Cross-sectional study through the collection of data from the epidemiological bulletin with data obtained from SINAN, related to viral hepatitis in the year 2019 and bibliographic research conducted in 2012 - 2018 in the Scielo platform. Results and Discussion: Of the 828 cases found, around 15% were from group A, 40% from group B, 43% from group C and only 2% of cases from group D. Among these, the most altered during the years was the most prominent group B and C between 2015 and 2016, with a total of 53 confirmed deaths- representing 6.4% of the cases of the studied period - as hepatitis as the underlying cause. Regarding the rate of infection of men and women the number of infected males tends to grow to the detriment of the number of women, reaching in 2018 a ration from 2.1 to 1,1. Taking into account the oral-fecal route of hepatitis A transmission, the improvement of basic sanitation is essential for the improvement of the epidemic, but still maintaining a public health alarm; Regarding hepatitis B, C and D, the transmission route is hematological, the universalization of immunization for hepatitis B, the growing research for hepatitis C in blood banks and awareness of the spread and severity of hepatitis D through actions. in health. Conclusion: The expansion of screening and health actions led to an apparent increase in the number of cases, not referring to the larger number of infected people during the study period but characterized by the increase of notifications, besides the data related to viral hepatitis. suffered a decrease in the total number of deaths, resulting from the improvement in the quality of basic sanitation that still does not reach the essential requirements for eradicating this epidemic, from universalization for hepatitis B vaccination but mainly from the quality of health actions offered through the Unified System. of Health (SUS).


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Referências

Ministério da Saúde,Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis,INDICADORES E DADOS BÁSICOS DAS HEPATITES NOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS, http://indicadoreshepatites.aids.gov.br/ Acesso em 7 de novembro de 2019.

BRASIL, Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite C e Coinfecções. Disponível em: http://conitec.gov.br/images/Relatorios/2018/Relatorio_PCDT_HepatiteC.pdf. Acesso em 7 de novembro de 2019

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BRASIL, Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite B e Coinfecções. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_clinico_diretrizes_terapeuticas_hepatite_b_coinfeccoes.pdf. Acesso em 7 de novembro de 2019.

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Publicado

2020-08-10

Como Citar

Menezes, M. S. (2020). Hepatites A, B, C, e D no município de maceió : um análise epidemiológica. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (7). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/12401

Edição

Seção

Ciências da Saúde e Biológicas