CERATOCONJUNTIVITE CAUSADA POR ADENOVÍRUS: A HISTOPATOLOGIA DA CONJUNTIVITE VIRAL
Palavras-chave:
Histopatologia, Infecção conjuntival, Vírus.Resumo
RESUMO:
Introdução A conjuntiva é uma mucosa delgada e transparente, que se expande a partir da junção corneoescleral na margem periférica da córnea, atravessa a túnica conjuntiva do bulbo e cobre a túnica conjuntiva da pálpebra, a mesma é normalmente colonizada por uma flora bacteriana, em equilíbrio ativo com as defesas do organismo do homem, mas quando existem alterações, há presença de organismo mais virulento ou alteração nos mecanismos de defesa do hospedeiro, possibilitando a conjuntivite. Essa patologia é um processo de inflamação da conjuntiva que se caracteriza por dilatação vascular, infiltração celular e exsudação, podendo indicar processo infeccioso local ou sinal de uma doença sistêmica. Os adenovírus são agentes etiológicos frequentes de conjuntivite viral folicular aguda altamente resistentes às condições ambientais e apresentam duas formas clínicas oftalmológicas mais comuns, a febre faringoconjuntivaI e a ceratoconjuntivite epidêmica (CEC), foco do presente estudo, altamente contagiosas por um período de até doze dias após o quadro agudo da infecção. A CEC apresenta-se como conjuntivite folicular aguda com sintomas graves: infecção conjuntival grave, lacrimação, secreção e formação de folículos, envolvendo principalmente a superfície ocular e a córnea. Objetivo Elucidar a histopatologia da ceratoconjuntivite causada por adenovírus. Metodologia Os materiais do estudo foram obtidos por meio de pesquisa nas bases de dados científicos na área da saúde: PubMed e SciELO, com os descritores “Keratoconjunctivitis" AND "Histopathology", obtendo-se como resultado o total de 67 artigos, dos quais foram selecionados 17 trabalhos a partir da inclusão de filtros por data de publicação e por avaliabilidade dos textos, restando 5 artigos que contribuíram com as evidências do estudo. Resultados e discussão Em âmbito patológico, o paciente adquire conjuntivite folicular unilateral que pode ou não envolver o olho contralateral e que, muitas vezes, pode apresentar dificuldades na visualização dos folículos, principalmente na fase aguda da doença em função da inflamação intensa. No diagnóstico diferencial, uma secreção purulenta indica infecção bacteriana predominante de organismos gram-positivos; uma secreção aquosa é observada na conjuntivite provocada por infecção viral (KIERSZENBAUM, 2016)³. A ceratite, processo inflamatório, pode acometer a acuidade visual e gerar infiltrados subepiteliais, enquanto a febre faringoconjuntival manifesta-se clinicamente com febre de início súbito, faringite, conjuntivite folicular bilateral e inflamação do gânglio pré-auricular. Conclusão Conclui-se a validação dos estudos histopatológicos na conjuntivite viral, os quais colaboram com pesquisas e projetos científicos para aprimorar o estudo dessa doença, no fito de coibir a disseminação de doenças infectocontagiosas e de evitar a comorbidade patogênica e o comprometimento do processo saúde-doença.
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Referências
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