DOENÇA DE CAROLI: MÉTODOS DE IMAGEM NA AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO DA DOENÇA
Palavras-chave:
Doença de Caroli, Diagnóstico por ImagemResumo
: Introdução:A Doença de Caroli (CD) é um distúrbio congênito, hereditário e raro. É caracterizada por dilatação segmentar multifocal dos ductos biliares intra-hepáticos. Essa dilatação multifocal pode ser difusa, afetando toda a árvore biliar intra-hepática, ou pode estar confinada a parte do fígado. O diagnóstico da CD é feito através de estudos de imagem, sendo possível visualizar algumas das alterações supracitadas a fim de fazer diagnóstico diferencial com outras doenças hepáticas e de trato biliar.Objetivos: Revisar a literatura de forma exploratória e descritiva, buscando determinar a importância dos métodos de imagem para o diagnóstico e avaliação da doença de Caroli. Métodologia: Trata-se de uma revisão literária de estudos publicados nas bases de dados PubMed e LILACS, sendo realizada a busca por “caroli disease and diagnosis”. Foram selecionados artigos dos 5 últimos anos, sendo inclusos revisões e ensaios clínicos, foram encontrados 76 artigos no PUBMED e, selecionados 5 artigos e os outros 71 foram excluídos por não estarem relacionados ao estudo. Na LILACS dos 37 artigos, 2 foram selecionados e 35 foram excluídos por não estarem relacionados ao tema. Resultados: A ultrassonografia é amplamente utilizada no estudo das vias biliares e fígado, no entanto, para a síndrome de Caroli, os achados são inespecíficos, sendo o primeiro exame de escolha para excluir diagnósticos diferenciais. Outros exames como tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética e colangio-ressonância apresentam sensibilidade e especificidade elevadas, alguns achados mais específicos como na TC o sinal do ponto central que representa fibrose vascular associada a ductos intra-hepáticos dilatados. A colangiopancreatografia retrógrada se mostra como um bom exame de imagem para reconhecimento precoce de colangite, porém, possui risco de infecções aumentados Discussão: As alterações da doença de Caroli são congênitas, mas na maioria dos casos é diagnosticada na segunda década de vida. Porém, raramente, permanece assintomática durante esse tempo, sendo diagnosticada por exames de imagem solicitados por indicações não relacionadas à doença. O diagnóstico por imagem é estabelecido pela visualização das lesões císticas de tamanhos variáveis distribuídas dentro do fígado ou em um segmento hepático em comunicação com a árvore biliar, por meio de ultrassonografia, tomografia computadorizada, colangiorressonância e colangiopancreatografia retrógrada (CPRE). Sendo essa última o e achados, de modo a evitar procedimentos desnecessários, custos e riscos adicionais ao paciente, realizando o diagnóstico e tratamento o mais precocemente possível, garantindo melhor prognóstico método com maior sensibilidade para diagnóstico da doença de Caroli, mas devido ao alto custo, e por ser um método invasivo, a TC é mais utilizada já que apresenta grande segurança e eficácia. O reconhecimento da possível presença da doença é importante, a fim de prevenir sepse ou formação de abcesso com significativa morbidade. Conclusão: Percebe-se que a doença de Caroli é uma patologia com achados clínicos inespecíficos, sendo necessário fazer uso dos exames de imagem para corretamente diagnosticá-la. Isto posto, é imprescindível conhecer as diferentes técnicas imaginológicas que podem ser utilizadas neste quadro, bem como suas aplicações.
Downloads
Referências
WANG, et al. Clinical classification of Caroli's disease: an analysis of 30 patients. HPB (Oxford). 2015; 17(3): 278-283.
KUMAR, et al. Caroli Disease Revisited: A Case of a Kidney Transplant Patient With Autosomal Polycystic Kidney Disease and Recurrent Episodes of Cholangitis. Volume 51, Issue 2, March 2019, Pages 541-544.
PACHECO, et al. Doenças císticas das vias biliares. Rev Soc Bras Clin Med. 2015 jul-set;13(3):213-7
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Semana de Pesquisa do Centro Universitário Tiradentes - SEMPESq - Alagoas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Oferece acesso livre e imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico contribui para a democratização do saber. Assume-se que, ao submeter os originais os autores cedem os direitos de publicação para a Sempesq. O autor(a) reconhece esta como detentor(a) do direito autoral e ele autoriza seu livre uso pelos leitores, podendo ser, além de lido, baixado, copiado, distribuído e impresso, desde quando citada a fonte.