PRÁTICAS EDUCATIVAS E A FORMAÇÃO EM SAÚDE PARA ATENÇÃO BÁSICA.

Autores

  • Marinília Cristina Barbosa Fernandes CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES
  • Jaqueline Teixeira silva valença UNIT
  • Vivianne De Lima Biana Assis UNIT
  • Ana Marlusia alves bomfim UNIT

Resumo

INTRODUÇÃO: No início do século XX, com o apogeu do paradigma cartesiano e da medicina científica, as responsabilidades referentes às ações de educação em saúde foram divididas entre os trabalhadores da saúde e os da educação. Aos primeiros, cabia desenvolver os conhecimentos científicos capazes de intervir sobre a doença, diagnosticando-a e tratando-a o mais rapidamente possível. Ao educador, cabia desenvolver ações educativas capazes de transformar comportamentos. As diretrizes da educação para a saúde foram definidas pelo Ministério da Saúde, em 1980, com atividades planejadas que tinham como objetivo criar condições para produzir transformação de comportamento. Com a Reforma Sanitária de 1986 e a implantação do Sistema Único de Saúde, os conceitos de saúde, de doença e de educação se modificaram, e a educação em saúde passou a ser vista como uma importante estratégia de transformação social, devendo estar vinculada às lutas sociais e ser assumida pela equipe de saúde, reorientando as práticas existentes numa concepção dialógica como estratégia de aproximação com a comunidade. OBJETIVOS: Primário: Analisar as práticas educativas/métodos de ensino realizado na Atenção Primária à Saúde pelos discentes e docentes dos cursos de Fisioterapia e Medicina das universidades públicas e privadas de Maceió. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo empírico de natureza descritiva e exploratória, de abordagem qualitativa, que permite uma aproximação adequada do objeto de estudo, possibilitando apreender os aspectos singulares e específicos de uma dada realidade.                                                                                                                                                     A pesquisa qualitativa não se baseia em critérios numéricos para garantir sua representatividade. Nesse sentido, sujeitos sociais que detêm os atributos que se pretendem investigar devem ser considerados em número suficiente, de tal forma que se permita reincidência das informações, sem desprezar outras informações relevantes; o conjunto de informantes deve ser diversificado de forma que possibilite a apreensão de semelhanças e diferenças; e a escolha do local e do grupo de observação deve conter o conjunto das experiências e expressões que se pretende objetivar com a pesquisa.                                                                                                                                               Não se aplica método estatístico, pois, segundo Minayo (1994), pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser quantificado. A análise dos conteúdos dos sujeitos será subsidiada pelo referencial de análise de conteúdo de Bardin (1977). Os dados coletados serão tabulados segundo conjuntos de categorias descritivas, adotando os seguintes passos: leituras das transcrições das gravações, com intuito de compreender e apreender o sentido das informações; identificação dos pontos comuns, e agrupamento das similaridades, permitindo construção de categorias de análise. RESULTADOS: No momento a pesquisa encontra-se em fase de coleta de dados. Inicialmente, de acordo com a análise bibliográfica prévia, espera-se encontrar uma grande diversidade no perfil de formação acadêmica, entretanto as práticas isoladas devem predominar sobre as práticas educativas. CONCLUSÃO: Considerando que o Ministério da Saúde preconiza o uso das ações educativas em saúde nos serviços de saúde, enfatizando a importância da atenção básica, torna-se decisivo analisar as práticas educativas realizadas na atenção básica pelos cursos de Fisioterapia e Medicina das universidades públicas e privadas de Maceió para que sejam efetuadas ações no sentido de superar as barreiras existentes entre a formação em saúde e as ações educativas.

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Biografia do Autor

Marinília Cristina Barbosa Fernandes, CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES

INTRODUÇÃO: No início do século XX, com o apogeu do paradigma cartesiano e da medicina científica, as responsabilidades referentes às ações de educação em saúde foram divididas entre os trabalhadores da saúde e os da educação. Aos primeiros, cabia desenvolver os conhecimentos científicos capazes de intervir sobre a doença, diagnosticando-a e tratando-a o mais rapidamente possível. Ao educador, cabia desenvolver ações educativas capazes de transformar comportamentos. As diretrizes da educação para a saúde foram definidas pelo Ministério da Saúde, em 1980, com atividades planejadas que tinham como objetivo criar condições para produzir transformação de comportamento. Com a Reforma Sanitária de 1986 e a implantação do Sistema Único de Saúde, os conceitos de saúde, de doença e de educação se modificaram, e a educação em saúde passou a ser vista como uma importante estratégia de transformação social, devendo estar vinculada às lutas sociais e ser assumida pela equipe de saúde, reorientando as práticas existentes numa concepção dialógica como estratégia de aproximação com a comunidade. OBJETIVOS: Primário: Analisar as práticas educativas/métodos de ensino realizado na Atenção Primária à Saúde pelos discentes e docentes dos cursos de Fisioterapia e Medicina das universidades públicas e privadas de Maceió. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo empírico de natureza descritiva e exploratória, de abordagem qualitativa, que permite uma aproximação adequada do objeto de estudo, possibilitando apreender os aspectos singulares e específicos de uma dada realidade.                                                                                                                                                     A pesquisa qualitativa não se baseia em critérios numéricos para garantir sua representatividade. Nesse sentido, sujeitos sociais que detêm os atributos que se pretendem investigar devem ser considerados em número suficiente, de tal forma que se permita reincidência das informações, sem desprezar outras informações relevantes; o conjunto de informantes deve ser diversificado de forma que possibilite a apreensão de semelhanças e diferenças; e a escolha do local e do grupo de observação deve conter o conjunto das experiências e expressões que se pretende objetivar com a pesquisa.                                                                                                                                               Não se aplica método estatístico, pois, segundo Minayo (1994), pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser quantificado. A análise dos conteúdos dos sujeitos será subsidiada pelo referencial de análise de conteúdo de Bardin (1977). Os dados coletados serão tabulados segundo conjuntos de categorias descritivas, adotando os seguintes passos: leituras das transcrições das gravações, com intuito de compreender e apreender o sentido das informações; identificação dos pontos comuns, e agrupamento das similaridades, permitindo construção de categorias de análise. RESULTADOS: No momento a pesquisa encontra-se em fase de coleta de dados. Inicialmente, de acordo com a análise bibliográfica prévia, espera-se encontrar uma grande diversidade no perfil de formação acadêmica, entretanto as práticas isoladas devem predominar sobre as práticas educativas. CONCLUSÃO: Considerando que o Ministério da Saúde preconiza o uso das ações educativas em saúde nos serviços de saúde, enfatizando a importância da atenção básica, torna-se decisivo analisar as práticas educativas realizadas na atenção básica pelos cursos de Fisioterapia e Medicina das universidades públicas e privadas de Maceió para que sejam efetuadas ações no sentido de superar as barreiras existentes entre a formação em saúde e as ações educativas.

Referências

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Publicado

2020-08-10

Como Citar

Barbosa Fernandes, M. C., silva valença, J. T., Biana Assis, V. D. L., & bomfim, A. M. alves. (2020). PRÁTICAS EDUCATIVAS E A FORMAÇÃO EM SAÚDE PARA ATENÇÃO BÁSICA. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (7). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/12341

Edição

Seção

PROBIC E PIBIC