AS VIAGENS COMO RECURSO DE DOCUMENTAÇÃO E ANÁLISE DOS ANTIGOS ENGENHOS ALAGOANOS

Resumo

RESUMO: Introdução: O projeto “Registrar para lembrar: a documentação como forma de preservação da memória dos engenhos Alagoanos” – teve sua execução iniciada em agosto de 2018 e foi finalizado em julho de 2019. Trata-se da segunda fase do projeto que tem como tema a memória dos engenhos alagoanos. Nesta edição, foram contemplados principalmente engenhos situados na região Centro Sul do estado de Alagoas, incluindo municípios de Rio Largo, Satuba, Pilar e Viçosa. Amplamente apoiado nas visitas de campo, estudos anteriores têm mostrado a falta de valorização destas propriedades, que por séculos produziram um dos principais produtos de exportação alagoano: o açúcar. Mesmo hoje, não podemos negar a importância dos engenhos como localidades que influenciaram decisivamente a formação social, política e econômica de Alagoas. Ao mesmo tempo, observa-se a constante degradação das construções remanescentes, além da falta de visibilidade de sua memória. Objetivo: Dado o exposto, o objetivo principal da pesquisa foi selecionar, registrar e documentar informações relevantes acerca de engenhos alagoanos, de forma a preservar esta memória, e gerar informações que possam subsidiar futuras ações de valorização, manutenção e preservação destes edifícios históricos. Metodologia: A pesquisa se iniciou com o método de criação de um diário conjectural, que buscou mostrar de forma imagética as expectativas dos pesquisadores acerca dos engenhos a serem visitados.  Posteriormente, as visitas, permitiram documentar o estado atual das edificações através de registros fotográficos. Em seguida, as visitas foram registradas através de diários de bordo, com a percepção sensível dos pesquisadores, a serem posteriormente confrontadas e complementadas pelos levantamentos bibliográficos, iconográficos e documentais. Resultados: Foi realizado o levantamento bibliográfico, histórico e documental de quatro engenhos, os quais foram selecionados para a realização do estudo. Foram os seguintes: engenho Santo Antônio, localizado no município de Satuba; engenho Grajaú de Cima, no município do Pilar; engenho Utinga, no município de Rio Largo, e engenho Bananal no município de Viçosa. Embora tenha sido reunido uma quantidade significativa de materiais acerca dos engenhos estudados, observa-se que a principal fonte de dados para documentação dos engenhos tem sido principalmente as visitas de campo, onde é possível realizar uma quantidade abundante de registros fotográficos. A vivência do espaço construído, também permitiu a elaboração de uma comparação entre os engenhos, e uma classificação de acordo com a maneira como suas construções são locadas no sítio. Finalmente, o material levantado foi catalogado e armazenado de modo a compor a base de dados da pesquisa. Conclusão: Pode-se observar que foi possível atingir o objetivo de contribuir para a documentação e levantamento de mais quatro exemplares de engenhos, de forma a favorecer para a preservação da memória e história dessas construções. Com esta segunda etapa do projeto Registrar para lembrar: a documentação como forma de preservação da memória dos engenhos alagoanos, foi possível também ampliar o acervo fotográfico, textual e historiográfico dos engenhos alagoanos que virá a compor o banco de dados, além de elaborar novas formas de compreender a distribuição dos engenhos na paisagem.