ESTIMULAÇÃO PRECOCE EM BEBÊS PREMATUROS INTERNADOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Palavras-chave:
Estimulação precoce, Recém-nascido, Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, Fisioterapia.Resumo
RESUMO
Introdução: O recém nascido pré-termo é o bebê que nasce com menos de 37 semanas de idade gestacional, cujo desenvolvimento intra-uterino foi interrompido e seus órgãos ainda imaturos, terão de assumir funções para as quais não estão preparados. A transição precoce ao ambiente extra-uterino cria um desafio ao bebê prematuro, que necessita se manter estável em um ambiente rico em estímulos. Durante o período intra-hospitalar a estimulação precoce engloba recursos como técnicas sensoriais (visuais, auditivas, cinestésicas, táteis e vestibular), mobilidade e posicionamento correto, que são fundamentais para o desenvolvimento motor e cognitivo, prevenção de desvantagens do sistema respiratório e manutenção de um tônus muscular mais adequado. Objetivo: Avaliar os efeitos da estimulação precoce em bebês prematuros como abordagem fisioterapêutica nas unidades de terapia intensiva neonatal (UTIN). Metodologia: Foi realizado um levantamento bibliográfico nas bases de dados PEdro, Pubmed, e Scielo, considerando artigos publicados entre 2010 e 2019. A busca foi realizada utilizando os seguintes descritores: estimulação precoce (Early Stimulation), recém-nascido (Infant), unidade de terapia intensiva (Intensive Care Unit). Os critérios de inclusão foram baseados em artigos na língua inglesa e portuguesa que abordaram os efeitos da estimulação precoce no recém-nascido prematuro. Os critérios de exclusão foram artigos de revisão, e artigos que não abordaram o tema em questão. Resultados: Foram encontrados 12 artigos que obedeciam os critérios de inclusão, sendo estes utilizados na elaboração desta revisão. Durante a análise dos estudos foi observado que a intervenção precoce em bebês prematuros pode ser realizada de diferentes formas, usando estímulos diferentes que promovem resultados distintos. As principais intervenções observadas foram a utilização da massagem terapêutica, mobilização, musicoterapia e a fisioterapia aquática. Dessa forma, foram observados melhorias no desenvolvimento neuromuscular, nas respostas fisiológicas, nos hábitos alimentares, no período do sono-vigília, na performance motora e no ganho de peso, além de reduzir a dor e o estresse dos bebês. Conclusão: Com base nos estudos avaliados, observou-se que a estimulação precoce proporciona ao bebê prematuro, experiências sensório-motoras para desenvolver ao máximo seu potencial neuropsicomotor, promovendo benefícios sistêmicos, diminuindo o tempo de internação hospitalar, prevenindo desvios e anormalidades no desenvolvimento infantil. Sendo assim, a fisioterapia como integrante da equipe multidisciplinar é de grande relevância, e dispõe de diversas técnicas que utilizadas de forma isolada ou combinada estimulam a aquisição de habilidades funcionais das crianças, minimizando complicações no desenvolvimento infantil.Downloads
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