ALEITAMENTO MATERNO E ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR: PANORAMA DE UM MUNICÍPIO ALAGOANO.
Palavras-chave:
alimentação infantil, crianças, aleitamento maternoResumo
Introdução:Eventos que ocorrem durante a vida intra-uterina e após o nascimento podem trazer impactos para saúde da criança não só nos primeiros anos de vida, essa fase é de fundamental importância para o desenvolvimento do sistema nervoso e imunológico, além da formação de bons hábitos alimentares, que aumenta a chance de se tornar um adulto com costumes saudáveis. Dentre os eventos extra uterinos a prática de Aleitamento Materno e a Alimentação Complementar são considerados fatores de grande relevância na primeira infância. A prática de Aleitamento Materno é comprovadamente benéfica na prevenção de agravos agudos e crônicos, principalmente quando há o aleitamento de forma exclusiva até o sexto mês. A partir dos 6 meses de vida, deve-se começar a introdução alimentar complementar, com o objetivo de aumentar o aporte de energia e micronutrientes da criança, tendo-se como base alimentos in natura e minimamente processados. Apesar das evidências científicas, a adesão ao Aleitamento Materno ainda é baixa e a Alimentação Complementar ainda é marcada por diversas incoerências frente às recomendações dos órgãos oficiais. Objetivo: Avaliar a prevalência de Aleitamento Materno e as práticas de Alimentação Complementar em crianças de um município alagoano. Métodos: A coleta de dados foi realizadas em 51 crianças com idade de 6 a 23 meses, da cidade de Marechal Deodoro- Alagoas, através do formulário do SISVAN web, durante o primeiro semestre de 2019. Resultados e discussão: A prevalência de Aleitamento Materno exclusivo é de apenas 21,1% e de Aleitamento Materno complementado é de 62,75%. Esses dados são preocupantes uma vez que estudos revelam que a prática de amamentar de forma exclusiva até o sexto mês e complementada até dois anos ou mais contribui na prevenção de agravos agudos e crônicos, desenvolvimento neurológico adequado e amadurecimento da microbiota intestinal. Já em relação a Alimentação Complementar, mais precisamente aos alimentos ofertados na introdução alimentar, observou-se um consumo considerável de ultraprocessados (37,25%), de embutidos (19,61%), bebidas açucaradas (17,65%), macarrão instantâneo (21,57%) e guloseimas (21,57%), o que configura um fator de risco para o aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis, contribuindo principalmente para o incremento do excesso de peso ainda na infância. Conclusão: O município estudado ainda possui prevalências de Aleitamento Materno abaixo do recomendado e inadequações na prática de Alimentação Complementar, devendo ser fomentado ações de vigilância e intervenção que contribuam para melhora desse perfil, através de ações sociais para que as mães tenham mais conhecimento nesse assunto.
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Referências
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