Análise histopatológica do descolamento de retina.

Autores

  • Maria Vilar Malta Brandão Centro Universitário Tiradentes (UNIT-AL)
  • Juliana Agra Diegues Centro Universitário Tiradentes (UNIT-AL)
  • Igor de Holanda Argollo Cerqueira Centro Universitário Tiradentes (UNIT-AL)
  • Fernando Ítalo Lessa Neto Silva Centro Universitário Tiradentes (UNIT-AL)
  • Mariana Ferreira Cavalcante de Almeida Centro Universitário Tiradentes (UNIT-AL)
  • Sabrina Gomes de Oliveira Centro Universitário Tiradentes (UNIT-AL)

Palavras-chave:

descolamento, retina, tratamento.

Resumo

Introdução: A retina é uma camada presente no fundo do olho composta por células nervosas responsáveis pela formação da imagem, levando-a até o cérebro. Segundo Moore, as camadas da retina são separadas no embrião por um espaço intra retiniano que durante o início do período fetal se funde, no entanto, a fixação dos estratos nervosos não é tão firme. Logo, caso haja trauma, esse estrato desloca-se resultando na entrada de líquido entre ele e o pigmento da retina. Dessa forma, Bogliolo afirma que os descolamentos de retina (DR), são classificados em não regmatógenos ou regmatógenos (sem ou com rasgo de retina, respectivamente). Esses rasgos podem se desenvolver após colapsos estruturais do vítreo. O descolamento pode ser assintomático e geralmente é precedido pela observação de flashes luminosos e opacidades flutuantes. Quanto ao tratamento o uso do perfluorcarbono (PFC) em 1989, por Stanley Chang, modificou a cirurgia da vitrectomia, principalmente quando empregada para o tratamento do DR, já que possibilita a mobilização da retina no pólo posterior e permite que a seja reaplicada através do uso deste líquido. Objetivos: Caracterizar a fisiopatologia do descolamento de retina e seus tipos, bem como avaliar seus principais fatores desencadeantes e tratamentos. Metodologia: Foi utilizado o banco de dados da Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, usando os descritores “deslocamento de retina” e “fotocoagulação” com filtro “Humanos”, “Idoso”. Em seguida utilizou-se “deslocamento de retina” e “vitrectomia” com filtro “vitrectomia” e “idoso”. Ambas utilizaram o conector “AND”. Além disso, foi pesquisado no Scielo com filtro “2015” e descritores “vitrectomy” e “retinal displacement”. Foram agrupados 6 artigos no total além de livros dos autores Bogliolo e Moore. Resultados: Segundo TAM et al. (2012) verificaram um alto número de quebras de retina durante a vitrectomia para fragmentos de lentes retidas. GONÇALVES et al. (1999) refere que a aplicação do laser de diodo transescleral na correção cirúrgica do DR permite obter a adesão cório-retiniana em todos os casos, exclusivamente com a aplicação pré-operatória. A forma mais comum é o DR regmatogênico, segundo Saraiva (2014). O autor afirma que a estimativa da sua prevalência seja de aproximadamente 0,3% na população geral, aumentando para 5% nos altos míopes, de 2 a 3% nos afácicos e até 10% quando ocorre perda vítrea (tipo de complicação cirúrgica) durante a cirurgia de catarata. Conclusão: Portanto, diante dos desconfortos causados aos pacientes vítimas do DR é importante diagnosticar precocemente para que o tratamento seja menos invasivo e satisfatório. Logo, é importante considerar que a vitrectomia associada a outras abordagens tornam o procedimento menos arriscado. 


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Biografia do Autor

Juliana Agra Diegues, Centro Universitário Tiradentes (UNIT-AL)

Graduando em medicina pelo Centro Universitário Tiradentes em Maceió-AL.

Sabrina Gomes de Oliveira, Centro Universitário Tiradentes (UNIT-AL)

Orientadora

Referências

AVILA, Marcus. A retina no século XXI. Arq. Bras. Oftalmol., São Paulo , v. 66, n. 5, p. 719-730, out de. 2003 . Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27492003000500029&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 06 out de 2019.

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Publicado

2020-08-10

Como Citar

Brandão, M. V. M., Diegues, J. A., Cerqueira, I. de H. A., Silva, F. Ítalo L. N., de Almeida, M. F. C., & de Oliveira, S. G. (2020). Análise histopatológica do descolamento de retina. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (7). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/12305

Edição

Seção

Ciências da Saúde e Biológicas