HISTOPATOLOGIA DA CONJUNTIVITE BACTERIANA
Palavras-chave:
Conjuntivite Bacteriana, Histopatologia,Resumo
Introdução: A conjuntiva é uma mucosa delgada e transparente que se estende a partir da junção corneoescleral na margem periférica da córnea, atravessa a esclera (túnica conjuntiva do bulbo) e cobre a superfície interna das pálpebras (túnica conjuntiva da pálpebra). Essa película reveste o espaço entre as superfícies interna das pálpebras e a anterior do olho lateral à córnea. É formada por um epitélio estratificado colunar que contém numerosas células caliciformes; cuja secreção é um componente das lágrimas e apoia-se sobre uma lâmina própria composta de tecido conjuntivo frouxo. Uma inflamação da conjuntiva, que associa sinais de dilatação vascular no olho e infiltração celular com exsudação, gera a conjuntivite viral ou bacteriana. A conjuntivite bacteriana é uma ruptura mucopurulenta, contendo proteínas plasmáticas e leucócitos, o que causa adesão das pálpebras e/ou cílios crostosos. Dessa forma, a aplicação tópica de bactérias por si só não produz conjuntivite (Behrens-Baumann e Begall, 1993). Os modelos atuais de conjuntivite por bactérias dependem de injeção (Liang et al., 2006; McCormick et al., 2011; Oka et al., 2004; Sloop et al., 1999) ou aplicação tópica de bactérias ou lipopolissacarídeo (LPS) córnea desgastada (Schultz et al., 1997). Objetivo: O estudo busca caracterizar as alterações histopatológicas da conjuntivite bacteriana. Métodos: Os dados foram obtidos a partir de busca nas bases de dados científicos na área da saúde: PubMed, Scielo, Medline, com o uso dos descritores "Conjunctivitis" AND "Histopathology", obteve-se como resultado o total de 97 artigos, dos quais foram selecionados 35 trabalhos, a partir da inclusão de filtros por data de publicação e por avaliabilidade dos textos, restando 8 artigos que contribuíram com as evidências do estudo. Resultados: A conjuntivite consiste num crescimento excessivo de bactérias na superfície ocular externa geralmente induz uma resposta inflamatória envolvendo as pálpebras, conjuntiva , córnea e/ou íris. A maioria das conjuntivites agudas positivas para bactérias ocorre com um início abrupto, inflamação poupadora de córnea, unilateral ou bilateral, com ou sem secreção mucóide ou muco-purulenta. Foi constatado que a conjuntivite bacteriana é tratada com antibiótico, normalmente tópico o que diminui a transmissão da doença. Em associação, algumas medidas podem atenuar os sintomas como compressas mornas e lubrificadas. Além disso, pode-se associar corticoides tópicos. Conclusões: Portanto, a conjuntivite bacteriana é uma patologia que é facilmente disseminada e gera um desconforto para quem a adquire. Logo, é necessário que as medidas profiláticas sejam difundidas para a população, assim como o tratamento adequado para essa patologia.
Downloads
Referências
ROSS, Michel H.; PAWLINA, Wojciech. Ross histologia: texto e atlas: correlações com biologia celular e molecular. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
W. Behrens-Baumann, T. Begall Reproducible model of bacterial conjunctivitis Ophthalmologica, 206 (1993), pp. 69-75
H. Liang, C. Baudouin, A. Labbé, A. Pauly, C. Martin, J.M. Warnet, F. Brignole-Baudouin
In vivo confocal microscopy and ex vivo flow cytometry: new tools for assessing ocular inflammation applied to rabbit lipopolysaccharide-induced conjunctivitis Mol. Vis., 12 (2006), pp. 1392-1402
T. Oka, T. Shearer, M. Azuma Involvement of cyclooxygenase-2 in rat models of conjunctivitis Curr. Eye Res., 29 (2004), pp. 27-34
C.L. Schultz, D.W. Morck, S.G. McKay, M.E. Olson, A. Buret Lipopolysaccharide induced acute red eye and corneal ulcers Exp. Eye Res., 64 (1997), pp. 3-9
G.D. Sloop, J.M. Moreau, L.L. Conerly, J.J. Dajcs, R.J. O'Callaghan Acute inflammation of the eyelid and cornea in Staphylococcus keratitis in the rabbit Invest. Ophthalmol. Vis. Sci., 40 (1999), pp. 385-391
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Semana de Pesquisa do Centro Universitário Tiradentes - SEMPESq - Alagoas

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Oferece acesso livre e imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico contribui para a democratização do saber. Assume-se que, ao submeter os originais os autores cedem os direitos de publicação para a Sempesq. O autor(a) reconhece esta como detentor(a) do direito autoral e ele autoriza seu livre uso pelos leitores, podendo ser, além de lido, baixado, copiado, distribuído e impresso, desde quando citada a fonte.