REPERCUSSÕES MATERNAS E NEONATAIS DA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

Autores

  • Lívia Gomes Ribeiro Centro Universitário Tiradentes - UNIT/AL
  • Daniela Souza Carvalho Centro Universitário Tiradentes - UNIT/AL
  • Samir Buainain Kassar Centro Universitário Tiradentes - UNIT/AL

Palavras-chave:

Baixo Peso ao Nascer, Condições Sócio-Econômicas, Gravidez na Adolescência

Resumo

INTRODUÇÃO: Em países em desenvolvimento, a gravidez na adolescência se evidencia como um problema de saúde e social, pois eleva a prevalência de complicações maternas, fetais e neonatais.  Para a adolescente, implica em interrupção dos estudos, repetidas gravidezes e o agravamento de problemas socioeconômicos já existentes.  Para a criança, pode resultar em morte precoce, atraso no desenvolvimento, dificuldade de aprendizado e desordens comportamentais. Em adolescentes de idade inferior a 16 anos, ou na ocorrência da primeira menstruação a menos de dois anos da gravidez, acontece uma competição biológica pelos mesmos nutrientes entre mãe e feto, pois a mãe encontra-se ainda em fase de crescimento e maturação puberal. Dessa forma, as complicações e gravidade da gestação correlaciona-se à idade da adolescente. Outros fatores como paridade, início e aderência ao pré-natal, ganho de peso e aspectos nutricionais também influenciam a gravidade da prenhez. Assim, é importante conhecer fatores de risco maternos e fetais que irão influenciar no desenvolvimento da criança para poder intervir através da prevenção da gravidez na adolescência na população. OBJETIVO: O objetivo primário é comparar as condições de nascimento de neonatos de mães adolescentes (menor ou igual a 16 anos) com a dos recém-nascidos de mães adultas jovens (20 a 30 anos). METODOLOGIA: A metodologia utilizada estudo de corte transversal é o desenho utilizado para comparar as condições maternas e de seus neonatos de mulheres adolescentes com idade menor ou igual a 16 anos, com a dos recém-nascidos de mães adultas jovens (20 a 30 anos). O trabalho é realizado na cidade de Maceió, capital do Estado de Alagoas, Nordeste do Brasil, em duas maternidades que atendem gestantes do Sistema Único de Saúde (SUS). As mães são entrevistadas, após o parto, e preencherão formulários contendo questões abertas e fechadas (pré-codificadas). O uso do álcool e do fumo é estudado mediante sua ocorrência sem levar em consideração a quantidade consumida e o tempo de exposição durante a gravidez. A escolaridade materna – pública ou privada – e as condições de moradia serão os fatores sócio-demográficos pesquisados. Será analisado o uso de método contraceptivo antecedente a gestação e a realização do pré-natal. São consideradas com baixa escolaridade as mães analfabetas e as com menos de quatro anos de escolaridade. É considerado pré-natal insatisfatório quando a gestante frequentou menos que seis consultas. A idade gestacional será determinada pela data da última menstruação (DUM) e confirmada com exame físico do recém-nascido através do método de Capurro. A idade ginecológica será a idade cronológica menos a idade da menarca. RESULTADOS: Espera-se obter dados relacionados a puérpera e ao recém-nascido, em puérperas adolescentes: piores condições sócio-demográficas, maior quantidade de baixo peso e prematuridade e adolescentes despreparadas para a maternidade. CONCLUSÃO: Dessa forma, o estudo pode gerar impacto positivo na prevenção da gravidez na adolescência e por consequência algumas condições como o baixo peso ao nascer, contribuindo para a melhoria dos indicadores de saúde do país.

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Referências

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Publicado

2020-08-10

Como Citar

Ribeiro, L. G., Carvalho, D. S., & Kassar, S. B. (2020). REPERCUSSÕES MATERNAS E NEONATAIS DA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (7). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/12227

Edição

Seção

PROBIC E PIBIC