PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE HIPERTENSOS ATENDIDOS PELA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM UMA UNIDADE DOCENTE ASSISTENCIAL
Palavras-chave:
Epidemiologia. Estratégia de Saúde da Família. Hipertensão arterial.Resumo
Introdução: Inseridos no Sistema único de Saúde (SUS), os serviços estão organizados em atenção primária, secundária e terciária. Compete a atenção primária o cuidado integral do paciente com doenças crônicas não transmissíveis, como é a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). A HAS é uma condição clínica multifatorial caracterizada por elevação sustentada dos níveis pressóricos ≥ 140 e/ou 90 mmHg. Objetivos: O estudo visa caracterizar o perfil epidemiológico dos hipertensos cadastrados pela equipe de Saúde da Família na Unidade Docente Assistencial Dr. José Lages Filho, localizada nas dependências da Unit/AL. Metodologia: Trata-se da sistematização final de um estudo epidemiológico do tipo transversal quantitativo através da coleta de dados socioeconômicos e de saúde nos prontuários de 276 pacientes hipertensos cadastrados na Estratégia de Saúde da Família (ESF) localizados na UDA, distribuídos em 7 microáreas sob responsabilidade de 7 agentes comunitárias de saúde (ACS). Os dados referem-se à idade, sexo, escolaridade, uso de medicamentos, principais queixas nos últimos 8 atendimentos médicos e existência de comorbidades dos pacientes. Resultados: Quanto ao sexo, 177 são do sexo feminino e 99 do sexo masculino. A faixa etária de maior prevalência de HAS na população estudada foi dos 40 aos 60 anos, seguido por 60 aos 80 anos. Quanto ao nível de alfabetização 148 prontuários apresentavam a informação, sendo que destes 112 eram de pacientes alfabetizados e 36 de pacientes não alfabetizados. Em relação as comorbidades, 76 pacientes são também diabéticos e 200 não apresentam a doença, quanto a dislipidemia, 201 pacientes não apresentavam e 75 eram dislipidêmicos, ademais quanto a presença de dor articular/muscular 67 pacientes dos 276 apresentavam a queixa nos últimos 8 atendimentos. Em relação as medicações utilizadas pelos pacientes com HAS, atendidos na UDA, os dados revelaram que a maioria utiliza um inibidor da enzima conversora de angiotensina (IECA) n= 42, seguido por Bloqueador do receptor de angiotensina (BRA) associado a um diurético tiazídico n= 33, e por fim, um BRA, associado a um diurético, mais bloqueador de canal de cálcio (BCC) n= 21). Quanto ao controle da pressão arterial, de acordo com o estágio da pressão arterial, de 142 medições de pressão arterial, 37 estão em estágio 1, 22 estágio 2, 11 estágio 3, 4 estavam em urgência hipertensiva e 68 em normotensão, sendo a urgência hipertensiva caracterizada por pressão arterial diastólica maior ou igual a 120 mmHg. Conclusão: Com o decorrer da pesquisa foi possível perceber que o controle da doença em si, envolve muito além do que compreender a sua fisiopatologia, implicações clínicas, prescrição de medicações ou orientações, faz-se necessário também entender em que contexto esse paciente está inserido, quais suas condições socioeconômicas, como se dá suas relações familiares e financeiras e quais as dificuldades que este enfrenta ao longo de seu tratamento.
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Referências
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