MAPEAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DE CASOS DE LEUCEMIA NO ESTADO DE ALAGOAS ENTRE OS ANOS DE 2016 E 2017 - HEMOCENTRO

Autores

  • Tayza Ribeiro Oliveira Peixoto Centro Universitário Tiradentes (UNIT)
  • Kathyanne Marinho Rodrigues Nicacio Centro Universitário Tiradentes
  • Cristiane Monteiro da Cruz Centro Universitário Tiradentes.
  • Marcos Reis Gonçalves Centro Universitário Tiradentes.

Palavras-chave:

Alagoas, Epidemiologia, Leucemia.

Resumo

Introdução: A leucemia éa neoplasia maligna mais prevalente em crianças e corresponde a 2% dos cânceres em adultos, sendo a segunda maior causa de morte nesta faixa etária, atrás apenas das doenças cardiovasculares.Caracteriza-se pelo acúmulo de células jovens anormais na medula óssea em detrimento das normais, sendo classificada em aguda, quando a proliferação celular ocorre rapidamente e crônica, quando a proliferação é mais lenta. Quanto a origem, pode ser mieloide ou linfoide. O exame de imunofenotipagem permite a seletividade celular, viabilizando um tratamento e prognóstico diferenciados. Seu reconhecimento epidemiológico permite que a taxa de morbimortalidade decaia devido ao tratamento diferenciado. Objetivo: Determinar o perfil epidemiológico dos casos de leucemia nos anos de 2016 e 2017 em Alagoas.  Metodologia: Realizou-se coleta de dados em prontuários de pacientes diagnosticados com leucemia em quatro hospitais do município de Maceió, incluindo o Hemocentro de Alagoas (HEMOAL).Resultados: Foram diagnosticados 154 pacientes com leucemia, sendo 35% LLA (Leucemia Linfoide Aguda), 12% LLC (Leucemia Linfoide Crônica), 38% LMA (Leucemia Mieloide Aguda) e 15% LMC (Leucemia Mieloide Crônica). Quanto a evolução, 27% são crônicas e 73% agudas. Quanto ao sexo, 57% acometem o sexo masculino e 43% o sexo feminino. Considerando-se a faixa etária, 25% dos pacientes acometidos são idosos, 24% são crianças, 12% são jovens e 39% são adultos. Nos subtipos da LLA encontrou-se 4%pré B, 29% de células T e 67% de células B. Já nos subtipos de LMA foram encontrados 2% de células dendríticas, 2% M6, 5% M5, 8% M4, 20% M3 e 63% não tiveram seu subtipo especificado no exame de imunofenotipagem. Maceió, cidade mais populosa, apresentou maior prevalência em relação a outros municípios do estado de Alagoas.  Conclusão:No Estado de Alagoas houve predominância de LMA, seguida pela LLA, LMC e LLC respectivamente, demonstrando maior número de casos agudos. Esses resultados norteiam os recursos públicos enviados para o tratamento, pois esse diferencia-se de acordo com a progressão da doença. Houve maior acometimento do sexo masculino, apesar de as mulheres representarem maior número de casos de LMA. A faixa etária mais acometida foi a adulta, seguida dos idosos, crianças e por último dos jovens. Os resultados sugerem desordens genéticas, exposição a agentes infecciosos específicos,fatores de risco ocupacionais, exposição à radiação ionizante e a agentes químicos. Observou-se ainda o preenchimento incompleto dos prontuários e que a maioria dos resultados dos exames não contêm as especificidades necessárias para o diagnóstico preciso em todos casos.

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Biografia do Autor

Tayza Ribeiro Oliveira Peixoto, Centro Universitário Tiradentes (UNIT)

Doutoranda de Medicina do Centro Universitário Tiradentes.

Aluna Bolsista FAPEAL.

Estagiária do Hospital Memorial Arthur Ramos.

Referências

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Publicado

2020-08-10

Como Citar

Peixoto, T. R. O., Nicacio, K. M. R., da Cruz, C. M., & Gonçalves, M. R. (2020). MAPEAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DE CASOS DE LEUCEMIA NO ESTADO DE ALAGOAS ENTRE OS ANOS DE 2016 E 2017 - HEMOCENTRO. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (7). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/12157

Edição

Seção

PROBIC E PIBIC