OCORRÊNCIA DE MICOSES DIAGNOSTICADAS EM PACIENTES SUBMETIDOS A EXAME MICOLÓGICO EM LABORATÓRIO DE REDE PRIVADA DE MACEIÓ, ALAGOAS
Palavras-chave:
Exame micológico, micose, onicomicose.Resumo
RESUMO: Introdução: Aproximadamente 80.000 espécies de fungos foram
descritas, das quais mais de 400 são de importância médica em razão das
patologias que causam em seres humanos. Existem três tipos de doenças
humanas associadas a elementos fúngicos ou seus metabólitos: alérgicas,
tóxicas e infecciosas. As últimas, denominadas micoses, constituem o principal
objeto da micologia médica. As micoses demonstram relevância na medicina
humana pela frequência com que a população é acometida, bem como por
simularem outras patologias, como as que atingem a superfície corporal (pele),
por exemplo. O Brasil encontra-se entre os países que apresentam altos
índices de infecções ocasionadas por fungos, especialmente as micoses
superficiais, o que pode ser explicado pelo seu clima tropical, já que é um fator
determinante para o aparecimento de microepidemias. Objetivo: A pesquisa
teve por objetivo investigar a ocorrência de micoses diagnosticadas em
pacientes submetidos ao exame micológico de um laboratório privado em
Maceió, Alagoas. Metodologia: As amostras foram obtidas de culturas
positivas de fungos de interesse médico provenientes do acervo do orientador,
e amostras clínicas de pele, pelos e unhas de pacientes submetidos a exame
micológico no laboratório Dilab, as quais seriam descartadas após liberação do
laudo micológico pelo técnico responsável do referido laboratório. Para a
observação das estruturas fúngicas visualizadas ao exame direto, foram
preparadas lâminas das amostras clínicas, onde é adicionada de uma gota de
KOH a 30% sob lâmina e lamínula. Para análise dos aspectos macroscópicos
foi realizada cultura central dos fungos. Para análise dos aspectos
microscópicos foi efetuada a técnica de microcultivo segundo Riddell, 1950.
Resultados: Foram obtidas 200 amostras provenientes de 68 pacientes, sendo
44,5% positivas para micoses superficiais, causadas por diferentes gêneros de
fungos, sendo Candida spp. o mais frequente (50%). O sítio anatômico mais
afetado foi a unha, com um total de 55 (61, 8%) amostras. Observou-se que a
micose superficial mais frequente foi a onicomicose causada pela levedura do
gênero Candida spp (39,3%). Houve predomínio de infecções fúngicas em
mulheres (66, 2%), sendo a faixa etária entre 61 a 70 anos a mais acometida
(22,1%), seguido por 41 a 50 (20,6%) e 51 a 60 anos (17,6%). Conclusão:
Diante dos resultados obtidos, observa-se a necessidade de realizar estudos
periódicos sobre a frequência de micoses e seus agentes etiológicos na região,
de modo que haja monitoração contínua do número de casos, bem como os
agentes causadores, a fim que sejam desenvolvidas ações preventivas para
diminuição de casos de micoses na população.
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Referências
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