ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DE UM AMBULATÓRIO DE ACOLHIMENTO A CASOS RECÉM DIAGNÓSTICOS DE HIV/AIDS

Autores

  • Ewerton Emmanuel Soares Silva Centro Universitário Tiradentes - UNIT

Palavras-chave:

AIDS, Ambulatório, HIV

Resumo

Introdução: O HIV é um retrovírus que se liga ao receptor CD4+ na superfície de três tipos de células humanas diferentes, promovendo a destruição celular, liberação viral, e potencial de infectar novas células. Desta forma há queda de CD4+ e infecções oportunistas dada a imunodeficiência. No Brasil 65% das pessoas vivendo com AIDS são homens, e a média de idade varia entre 25 e 39 anos. Objetivo: averiguar o perfil epidemiológico dos casos de HIV/AIDS recém ingressados no ambulatório de acolhimento. Metodologia: é um estudo quantitativo, descritivo, retrospectivo, realizado no Ambulatório de Acolhimento de HIV/AIDS. Avaliados idade, gênero, orientação sexual (OS), número de parceiros (NP), forma de contaminação, contagem de CD4+, carga viral (CV), infecção oportunista (IO), comorbidades (CM) e o tipo de tratamento com antirretroviral (TARV) preconizado. A coleta de dados através de prontuários físicos dos cadastrados no ambulatório. Resultados: Dos 56 pacientes do ambulatório, 17 são mulheres (30,4%) e 39 são homens (69,6%). A idade varia entre 19 e 68 anos, com uma média de 35,3 anos. Dentre as CM, as mais comuns são hipertensão arterial (oito, 14,28%), diabetes mellitus tipo dois (seis, 10,7%), e 41 pacientes (73,2%) não apresentam. Acerca da OS, em homens: 18 (46,1%) afirmam fazer sexo com outros homens, sete (17,9%) dizem fazer sexo com homens e mulheres, 13 (33,3%) afirmam ser heterossexuais. Dentre as mulheres, 16 (94,1%) se dizem heterossexuais e uma (5,9%) não respondeu. O NP varia entre 1 a 150, média de 11,2 parceiros. Quanto ao uso de preservativos, 25 (44,6%) referem usar raramente, seis (10,7%) dizem nunca usar, 24 (42,85%) quase sempre, e nenhum afirmou usar sempre. A vida de contágio foi a sexual em 100% dos casos. Sobre as IO, 26 casos (46,5%) não apresentam, e prevalecem candidíase oroesofágica (três casos, 5,35%), tuberculose extrapulmonar (dois casos, 3,6%), tuberculose pulmonar (dois casos, 3,6%), Sarcoma de Kaposi (um caso, 1,8%). Observou-se duas infecções oportunistas em três pacientes (5,35%). Sífilis ocorreu em 11 casos (19,6%). O valor de CD4+ foi inferior a 350 células em 15 casos (26,8%). A CV variou bastante, e dois casos (3,6%) se apresentam indetectáveis na ocasião do diagnóstico. Estabelecida TARV em 100% na primeira consulta. Prevaleceu HIV (60,7%) e 39,3% apresenta critérios de AIDS. Conclusões: Os dados obtidos até o momento evidenciam que são compatíveis com os dados de literatura nacional. Observa-se uma relevante prevalência de Sífilis na população estudada.

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Referências

BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria em Vigilância em Saúde, Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais. Manual técnico para o diagnóstico da infecção pelo HIV em adultos e crianças. Brasília, 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Boletim Epidemiológico HIV e Aids. Brasília: Ministério da Saúde, 2015.

BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria em Vigilância em Saúde, Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para profilaxia antirretroviral pós-exposição de risco à infecção pelo HIV. Brasília, 2015.

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Publicado

2020-08-10

Como Citar

Soares Silva, E. E. (2020). ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DE UM AMBULATÓRIO DE ACOLHIMENTO A CASOS RECÉM DIAGNÓSTICOS DE HIV/AIDS. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (7). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/12124

Edição

Seção

PROBIC E PIBIC