COMPARATIVO ENTRE O AGREGADO MIÚDO NATURAL E O AGREGADO RECICLADO FINO PARA PRODUÇÃO DE CONCRETOS: UMA ANÁLISE GRANULOMÉTRICA
Palavras-chave:
Areia, RCD, Reaproveitamento.Resumo
Sabe-se que o concreto, precedido da água, é o material mais utilizado pelo homem. Por sua vasta utilização, percebe-se que a exigência tanto à natureza que é a principal fornecedora dos recursos naturais para a produção do concreto, quanto à indústria devido aos processos realizados para se obter o produto final, trazem uma série de consequências ao meio ambiente. O presente trabalho visa a realização de um comparativo entre o agregado miúdo convencional para concretos e o agregado reciclado, tendo como parâmetro principal a caracterização granulométrica, a fim de se aferir as variações de tamanho, composição e forma dos grãos que possam vir a influenciar quanto ao seu uso em misturas cimentícias. Os agregados oriundos de RCD foram coletados numa usina de reciclagem situada na cidade de Maceió/AL e o agregado natural utilizado foi a areia lavada de rio, sendo os ensaios executados no CTEA - Unit. Os agregados foram ensaiados segundo a ABNT NBR NM 248 - Determinação da Composição Granulométrica, a qual se dá através da passagem do material granular por uma série de peneiras graduadas sendo aferidas as quantidades retidas em cada peneira e as porcentagens que estas representam com relação a massa total. Os resultados deste ensaio são representados graficamente através da curva de distribuição da composição granulométrica, tanto para a areia natural quanto para a areia reciclada. Acerca dos agregados reciclados coletados para a execução deste trabalho, pode-se notar através de classificação visual, sendo confirmada também através dos resultados experimentais, que os tais agregados são compostos majoritariamente por materiais cerâmicos, o que corrobora com o aumento do teor de absorção. Devido a este elevado índice de materiais cerâmicos, conclui-se que a porosidade deste agregado é maior com relação à areia natural e, sendo mais porosos, possuem também um maior teor de finos, o que implica tanto na resistência à compressão do concreto devido ao número de vazios, quanto na perda da trabalhabilidade pela elevada absorção da água de amassamento. Esta significativa quantidade de finos e material pulverulento presentes no agregado de RCD foi comprovada analisando-se o percentual de material passante com diâmetro menor que 0,075mm, obtido através da curva granulométrica, onde o agregado reciclado apresentou o valor de 1,48% em comparação ao agregado natural, 0,52%. Em função do exposto, conclui-se que a incorporação de materiais granulares reciclados, em substituição ao agregado miúdo natural em matrizes cimentícias de concretos poderão comprometer a trabalhabilidade das mesmas, ao se elevar o percentual de agregado reciclado. Porém, mesmo que seja mínima a substituição do agregado miúdo natural por agregado reciclado, efetivo será o seu impacto ambiental, visto que analisando-se em larga escala, reduziria uma quantidade significante do consumo de agregados minerais, acarretando também na redução da extração mineral.Downloads
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Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. “Agregados - Determinação da composição granulométrica”. NBR 248, Rio de Janeiro, 2003.
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Publicado
2020-08-10
Como Citar
Ferreira de Oliveira, E. L., Da Silva, C. M., & Medeiros Gonzaga, G. B. (2020). COMPARATIVO ENTRE O AGREGADO MIÚDO NATURAL E O AGREGADO RECICLADO FINO PARA PRODUÇÃO DE CONCRETOS: UMA ANÁLISE GRANULOMÉTRICA. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (7). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/12077
Edição
Seção
PROBIC E PIBIC
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