PREVALÊNCIA DO DIAGNÓSTICO E CONDUÇÃO TERAPÊUTICA DE ANEMIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA GERAL ADULTO NA CIDADE DE MACEIÓ

Autores

  • Yanka Maria Leite Santos CENTRO UNIVERSITARIO TIRADENTES

Palavras-chave:

Anemia/ Unidade de Terapia Intensiva/ Hematologia

Resumo

INTRODUÇÃO: A anemia é uma condição de alta prevalência, alta morbimortalidade e se constitui em um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Em pacientes hospitalizados sua repercussão assume ainda maiores proporções, particularmente em pacientes críticos. Devido à sobreposição de patologias nesse grupo, não se procede à investigação da anemia, sendo utilizado comumente como intervenção a hemotransfusão. Há cerca de uma década a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem tentado estabelecer a postura de transfusão racional. Entretanto, o subdiagnóstico das anemias nos pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) acaba por levá-los a descompensação hemodinâmica fazendo-se necessário o auxílio desse meio terapêutico o que predispõe a ocorrência de potenciais efeitos adversos graves. OBJETIVOS: Estudar o perfil de anemia em pacientes críticos internados em UTI Adulto. METODOLOGIA: Será realizado levantamento bibliográfico ampliado sobre o assunto. A amostra será colhida através da análise retrospectiva de prontuários de pacientes internados em UTI no período de um ano. Os dados encontrados serão analisados através de teste estatístico. RESULTADOS: Espera-se localizar nos prontuários a prevalência significativa de anemia subdiagnosticada e não devidamente valorizada. De acordo com os resultados esperados obter subsídios que possibilitem contribuir com as condutas clínicas do serviço através da elaboração e entrega ao mesmo de um fluxograma de diagnóstico e tratamento de anemia quando da admissão do paciente na UTI. DISCUSSÃO: Globalmente, cerca de 1,6 bilhão de pessoas são afetadas com algum nível de anemia, constituindo um problema de saúde pública sendo considerado um multiplicador da doença em termos de sobrevivência, dobra a taxa de mortalidade (crianças pequenas e idosos), triplica a mortalidade quando associada à doenças crônicas. Em pacientes hospitalizados a anemia tem impacto ainda mais relevante. Estudos relatam que pacientes com ICC quando apresentam anemia à admissão hospitalar e esta não é tratada adequadamente esse fato pode contribuir para um pior resultado geral para o paciente. Há relatos de estudos nas UTI’s do Brasil constando que o tratamento efetuado comumente consiste em transfusão sanguínea, todavia, um ensaio clínico randomizado realizado em 2016 constatou que não houve diferença nos desfechos secundários de mortalidade, infecção hospitalar ou duração da estadia relacionada à conduta transfusional em pacientes críticos. CONCLUSÃO: Diante da literatura revisada conclui-se que a prevalência de anemia em pacientes hospitalizados parece ser significativa, sendo uma condição, contudo ainda subdiagnosticada no Brasil, tanto em sua prevalência quanto com relação às suas causas e condução. Por se constituir em situação de grande impacto na morbimortalidade e com repercussões ainda mais significativas em doentes críticos impõe-se a necessidade de mais estudos para traçar um perfil adequado dessa população bem como elaborar propostas de intervenção efetivas e que contribuam com a evolução mais favorável dos pacientes bem como com os protocolos clínicos dos serviços de saúde envolvidos.

Palavras-chave: Anemia/ Unidade de Terapia Intensiva/ Hematologia

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Publicado

2020-08-10

Como Citar

Leite Santos, Y. M. (2020). PREVALÊNCIA DO DIAGNÓSTICO E CONDUÇÃO TERAPÊUTICA DE ANEMIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA GERAL ADULTO NA CIDADE DE MACEIÓ. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (7). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/12006

Edição

Seção

PROBIC E PIBIC