IMPACTO DA DEPRESSÃO NO DECLÍNIO COGNITIVO EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON

Autores

  • Warlla Melo de Farias Centro Universitário Tiradentes - UNIT-AL
  • Jaiel Bispo dos Santos Centro Universitário Tiradentes - UNIT-AL
  • Iago moura Aguiar Centro Universitário Tiradentes - UNIT-AL
  • Madson Alan Maximiano-Barreto Universidade Federal de São Carlos
  • André Fernando de Oliveira Fermoseli Centro Universitário Tiradentes - UNIT-AL
  • Theresa Cristina de Albuquerque Siqueira Centro Universitário Tiradentes - UNIT-AL

Palavras-chave:

Doença de Parkinson (DP), Depressão, declínio cognitivo

Resumo

Introdução: A Doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa e progressiva que apresenta ação em receptores da via dopaminérgica nigroestriatal. Na sua apresentação clínica há o aparecimento de sintomas motores e não motores. Dos sintomas motores, o tremor de repouso associado à bradicinesiam rigidez de membros e instabilidade postural é característico, ao passo que, dentre os sintomas não motores, destacam-se os distúrbios de sono, constipação intestinal e, principalmente, a depressão, que no decorrer da patologia pode trazer consequências como o déficit na cognição e comportamento. Objetivo: Comparar declínio cognitivo em pacientes Parkinsonianos com e sem depressão. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal realizado no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA) de Maceió, Alagoas. Como instrumentos de pesquisa, utilizou-se um questionário estruturado para identificação socioeconômica dos pacientes (idade, sexo, etnia, escolaridade e outros), Avaliação Cognitiva Montreal (MoCA) e a Escala de Depressão Geriátrica (GDS-15 versão reduzida). O ponto de corte considerado na GDS-15 para rastreio positivo de depressão foi igual ou maior que seis. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa – CEP do Centro Universitário Tiradentes – UNIT/AL (parecer nº 2.518.854) e os pacientes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Resultados: Participaram desse estudo 62 pacientes de ambos os sexos e com a idade compreendida entre 60 e 78 anos. Dentre os quais, 65,2% (n=30) eram do sexo masculino, com idade entre 60-78 anos (X̅ =62,51; DP = ±9,26). A maioria dos idosos apresenta baixa escolaridade (X̅ =6,43; DP= 5,28). Segundo a GDS-15, 64,5% (n=40) dos pesquisados apresentaram rastreamento positivo para depressão. Em relação ao declínio cognitivo, houve diferença estatisticamente significava entre os grupos no escore total da MoCA (p=0,042), com deficit evidenciado em pacientes com sintomas depressivos. Diante dos domínios que compõem esse mesmo instrumento, obteve-se relação estatisticamente significativa nos domínios função executiva (p=0,016) e abstração (p=0,031). Conclusão: De acordo com os resultados descritos acima, é possível identificar maior presença de idosos do sexo masculino com DP. Identificou-se haver maior prejuízo cognitivo dos pacientes com DP, em especial no tocante dos domínios de funções executiva e de abstração. O declínio cognitivo influencia na qualidade de vida do paciente com DP e depressão, com isso, há necessidade de outros estudos que objetivem aprofundar tal relação.

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Referências

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Publicado

2020-08-10

Como Citar

de Farias, W. M., dos Santos, J. B., Aguiar, I. moura, Maximiano-Barreto, M. A., Fermoseli, A. F. de O., & Siqueira, T. C. de A. (2020). IMPACTO DA DEPRESSÃO NO DECLÍNIO COGNITIVO EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (7). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/11986

Edição

Seção

PROBIC E PIBIC