STAPHYLOCOCCUS AUREUS RESISTENTE À METICILINA (MRSA) EM LABORATÓRIO VINCULADO A REDE HOSPITALAR DE MACEIÓ, ALAGOAS.

Autores

  • Victoria Paulino Santos de Lima Centro Universitário Tiradentes
  • Fátima Mayara da Rocha Santos

Palavras-chave:

Epidemiologia, MRSA, Staphylococcus aureus

Resumo

INTRODUÇÃO: O Staphylococcus aureus resistente à meticilina, conhecido como MRSA se alastrou nos hospitais, tendo como consequência a limitação da antibioticoterapia, dentre elas a meticilina. São bactérias Gram-positivas, catalase positiva, anaeróbios facultativos e possuem arranjo semelhantes a cachos de uva. Segundo os registros do National Nosocomial InfectionSurveillance System (NNISS) revelam que MRSA é responsável por 59,5% das infecções em hospitais nos EUA. E ainda, apontam que o número de pacientes com infecção pelo mesmo patógeno foi de 80.461, ocasionando a morte de 11.285 pacientes. Já no Brasil, a assiduidade de S. aureus alcança valores elevados, sendo de 30% a 80% nos hospitais brasileiros. OBJETIVO: Nessa perspectiva, a pesquisa tem como objetivo avaliar a prevalência de Staphylococcus aureus resistente à meticilina em laboratório vinculado a rede hospitalar de Maceió, Alagoas. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo retrospectivo e descritivo, onde foram analisados os livros de registros do setor de microbiologia do Laboratório de Patologia e Medicina Laboratorial-CPML/UNCISAL no período entre 2015 a 2016. Foram observados faixa etária, gênero, sítio anatômico, amostra biológica dos pacientes e perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram observados 183 casos de Staphylococcus em hemoculturas, onde 28 (16%) casos são relacionados com MRSA. O gênero masculino foi o mais acometido com 20 (71%) casos, 7 (25%) no gênero feminino e 1 (4%) em recém-nascidos. A meticilina é um antibiótico betalactâmico de pequeno espectro pertencente ao grupo das penicilinas. O S. aureus tornou-se resistente à meticilina decorrente da existência do gene MecA, sendo este gene encontrado em células bacterianas facilitando a sua resistência aos antibióticos β-lactâmicos. No entanto, o gene mecA alteram essas proteínas, fazendo com que não ocorra a ação de alguns beta-lactâmicos e a inibição da síntese da parede bacteriana. CONCLUSÃO: Este microrganismo proporciona graves infecções entre os pacientes hospitalizados e dificuldade no tratamento, devido ao seu potente fator de resistência em relação a diversos antimicrobianos, principalmente a meticilina. Portanto, é de suma relevância a realização deste estudo, visto que dados sobre a prevalência de MRSA no município de Maceió/AL são escassos. Por conseguinte, diante dos dados observados, constata-se um alto percentual de infecções, demonstrando a importância de elaboração de medidas preventivas para evitar a disseminação dessas espécies de Staphylococcus resistentes à meticilina.

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Biografia do Autor

Victoria Paulino Santos de Lima, Centro Universitário Tiradentes

Ciências da Saúde

Referências

OLIVEIRA, C. F.et al. Emergência de Staphylococcus aureus resistentes aos antimicrobianos: um desafio contínuo. Revista de Ciências Médicas e Biológicas, v. 13, n. 2, p. 242-247, 2015.

SISTI, E. A relevância do Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) nas infecções hospitalares. Revista Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão, v. 4, n. 1, 2017.

TORTORA, G. J. et al. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.

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Publicado

2020-08-10

Como Citar

Paulino Santos de Lima, V., & Mayara da Rocha Santos, F. (2020). STAPHYLOCOCCUS AUREUS RESISTENTE À METICILINA (MRSA) EM LABORATÓRIO VINCULADO A REDE HOSPITALAR DE MACEIÓ, ALAGOAS. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (7). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/11982

Edição

Seção

PROBIC E PIBIC