A INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA DE ADMISSÃO NA SOBREVIDA DE RECÉM-NASCIDOS ADMITIDOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: UMA PROPOSTA DE ELABORAÇÃO DE PROTOCOLO

Resumo

INTRODUÇÃO: A temperatura corporal resulta no balanço entre os mecanismos de produção e eliminação de calor. No recém-nascido, sobretudo no pré-termo, pode ocorrer desequilíbrio desses mecanismos, promovendo vasoconstrição cutânea, menor estoque de gordura marrom, epiderme não queratinizada, entre outras alterações, que limitam a produção do calor (PUGLIESI et al., 2010). A hipotermia neonatal é comum em recém-nascidos pré-termos, sendo motivo de grande preocupação por ser fator de risco para pior prognóstico, aumentando a morbidade e a mortalidade neonatais (LUNZE et al., 2012). Sendo assim os cuidados relacionados à temperatura corporal do recém-nascido deve ser desde o momento do nascimento, iniciada na sala de parto, e seguindo para todos os ambientes que envolverem o seu internamento e precisa ser avaliada com frequência e preferencialmente de forma contínua (MCCALL et al., 2006). METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional, com amostra por conveniência, de abordagem transversal e quantitativa, desenvolvido no Hospital Veredas. Os critérios de inclusão desta pesquisa são recém-nascidos de ambos os sexos, com até 72h de admissão na UTI neonatal. Recém-nascidos com distúrbios neurológicos, crises convulsivas e cardiopatias congênitas, serão excluídos do estudo. Após suas admissões, terão suas temperaturas axilares avaliadas em três momentos: primeiro, décimo e trigésimo minuto, através de termômetro digital. Informações sobre a parturiente serão obtidas através de prontuários, além do peso de nascimento e índice de Apgar no 1° e 5° minuto. Em seguida, será realizado um protocolo de prevenção através dos resultados encontrados nas fichas de avalição. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Espera-se que o estudo qualifique a assistência ao recém-nascido em sua admissão na UTI neonatal do Hospital Veredas quanto a sua temperatura corporal. A monitorização e a manutenção da temperatura corporal, mantendo um ambiente térmico neutro estável, devem ser metas prioritárias da equipe responsável pela assistência ao RN. Para desenvolver estes cuidados, a equipe deve ter amplo conhecimento dos mecanismos do controle térmico, perda de calor, e riscos que a instabilidade térmica traz a esses pacientes (TAMEZ, 2013). CONCLUSÃO: A escassez de métodos para a assistência à temperatura dos recém-nascidos na UTI neonatal, gera a necessidade de elaborar um protocolo de prevenção e atenção contínua. PALAVRAS-CHAVE: Protocolo, Recém-nascidos, Temperatura.