A IMPORTÂNCIA DO RECONHECIMENTO DO OLHO VERMELHO PARA O MÉDICO GENERALISTA
Palavras-chave:
diagnóstico, medicina, olho vermelhoResumo
RESUMO: O olho vermelho é uma queixa oftalmológica de relevância na saúde pública do Brasil, uma vez que está comumente presente no contexto dos cuidados primários em saúde e nos setores de pronto atendimento. Essa condição é responsável por cerca de 6% das consultas com médicos generalistas e pode apresentar-se sem nenhuma repercussão clínica e autolimitada ou associada a doenças sistêmicas e com grande potencial de causar sequelas. OBJETIVOS: O presente estudo tem como objetivo realizar uma revisão da literatura sobre a importância do reconhecimento do olho vermelho na prática médica. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo baseado em um levantamento bibliográfico do período de 2013 a 2019 nas bases de dados SciELO, PubMed, MedLine e Lilacs. RESULTADOS: A partir da literatura analisada, pode-se inferir o olho vermelho como um dos quadros mais comuns nas afecções da visão. Por ser um sintoma inespecífico, o mesmo pode estar presente em muitos diagnósticos oftalmológicos, podendo ser classificado de acordo com a origem - infecciosa, alérgica, traumática, por corpo estranho -, com o local acometido - conjuntiva, úvea, córnea, esclera, pálpebra - e com a gravidade - leve, moderada e elevada. Como a grande maioria dos diagnósticos diferenciais do olho vermelho não afetam a acuidade visual (AV), a primeira assistência procurada geralmente é o médico generalista. A conjuntivite viral é a principal etiologia não traumática deste quadro e outras causas de olho vermelho incluem o glaucoma agudo, úlcera corneana e as episclerites, onde a suspeita dessas patologias demanda encaminhamento ao especialista. Frente à deficiência dos conteúdos oftalmológicos nas graduações de medicina, tem sido comum a inadequada condução dessas comorbidades, o que pode levar até mesmo a cegueira. Assim, nota-se a necessidade do médico generalista ter conhecimento e saber os diversos diagnósticos diferenciais existentes no contexto do olho vermelho. CONCLUSÃO: Perante toda a conjuntura supracitada, verificou-se que é imprescindível o reconhecimento e adequado manejo, por parte dos médicos clínicos, de tais quadros, devendo os mesmos saber reconhecer os sintomas de alarme, como ausência de reação pupilar, dor ocular severa e baixa AV, visto que estes indicam maior urgência, sendo necessária condução pelo oftalmologista, para que o paciente não tenha uma evolução maléfica e que sequelas possam ser evitadas.
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Referências
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