PREVALÊNCIA DE ANOMALIAS CONGÊNITAS E FATORES ASSOCIADOS EM RECÉM-NASCIDOS EM UMA MATERNIDADE DE REFERÊNCIA NO ESTADO DE ALAGOAS NO ANO DE 2018
Palavras-chave:
Anormalidades congênitas, Recém-Nascido, Epidemiologia.Resumo
RESUMO: Introdução: Ocorrem em média três milhões de nascimentos ao ano no Brasil, dos quais aproximadamente sessenta mil são portadores de anomalias congênitas. A caracterização dessas anomalias congênitas é informação importante para o planejamento e implementação de programas que atendam aos portadores dessas condições e a suas famílias, especialmente para a redução da morbimortalidade infantil, principalmente no período neonatal, tornando-se importante o seu diagnóstico precoce para o planejamento e a alocação de recursos dos serviços de saúde especializados (pré-natal, natal e pós-natal) (COSME et al., 2017). Objetivos: Caracterizar e correlacionar a incidência e os fatores associados ao desenvolvimento de anomalias congênitas a partir da análise dos prontuários de recém-nascidos no ano de 2018. Metodologia: Consiste em um estudo observacional transversal, cuja coleta de dados é através da consulta de todos os prontuários de recém-nascidos no ano de 2018 na Maternidade Escola Santa Mônica (MESM), escolhida por ser a maternidade de referência em Alagoas para gestação de alto risco. Correspondem aos critérios de inclusão: prontuários de recém-nascidos com diagnóstico de anomalias congênitas, e aos critérios de exclusão: prontuários rasurados e de difícil leitura. Resultados: Foram quantificados 125 prontuários de recém-nascidos com diagnóstico de anormalidades congênitas no ano de 2018, sendo observada a associação de mais de uma malformação congênita em alguns destes recém-nascidos. Até o presente momento, o instrumento de coleta de dados foi aplicado em apenas onze prontuários, devido necessidade logística interna no Serviço de Arquivo Médico e Estatística (SAME). Destes prontuários, foi observado que seis anormalidades se tratavam de cardiopatias congênitas, duas correspondiam a defeitos estruturais do sistema nervoso central, outras duas ao sistema geniturinário e uma ao sistema musculoesquelético. Apenas um dos prontuários indicou malformação congênita com registro de histórico familiar, onde a característica genética era evidenciada pela família paterna. Dentre as variáveis com os dados mais relevantes encontram-se a origem do recém-nascido, sendo sete internos à instituição, ou seja, nascidos na MESM, 8 do sexo masculino, 7 nascidos de parto operatório, nascidos com idade gestacional entre 37 semanas e 41 semanas e 6 dias, estes classificados como termo. Algumas das informações referentes à mãe são mais escassas, principalmente as que são referentes às viagens realizadas durante a gestação, registro de infecções virais, medidas preventivas durante o pré-natal, uso de drogas e exposição a agentes teratogênicos. Conclusão: Os dados iniciais sugerem prevalência de cardiopatias congênitas se comparadas às demais, predominância entre os recém-nascidos do sexo masculino e de nascimentos em idade gestacional adequada. A pesquisa segue em andamento, aguardando a regularização do SAME para conclusão.
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Referências
COSME, H.W., LIMA, L.S., BARBOSA, L.G. Prevalência de anomalias congênitas e fatores associados em recém-nascidos no município de São Paulo no período de 2010 a 2014. Rev Paul Pediatr., São Paulo, v. 35, n. 1, p. 33-38, 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rpp/v35n1/1984-0462-rpp-35-01-00033.pdf. Acesso em: 08 mai 2019.
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