Análise da produção científica sobre doenças negligenciadas em Alagoas no período entre 2010 e 2018
Palavras-chave:
Palavras-chave, Alagoas, Doenças Negligenciadas, Produções Científicas.Resumo
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil apresenta maior frequência para nove entre as dez principais doenças tropicais, como Leishmanioses, Chagas e Tuberculose. Ainda segundo a OMS, pode-se estabelecer uma correlação direta entre saúde e desigualdade social e, afirmando tal cenário, as Doenças Negligenciadas são patologias associadas à condições de vida precárias. Assim são denominadas pois não apresentam atrativos econômicos nos desenvolvimentos dos fármacos, quer seja por sua baixa prevalência na população em geral ou por atingir indivíduos socialmente desfavorecidos (ANVISA, 2007). OBJETIVO: Fazer um levantamento de quantas produções científicas foram realizadas no âmbito das Doenças Negligenciadas nesse período de tempo, se tiveram impacto na sociedade e nas autoridades de saúde, identificar as instituições envolvidas e seus respectivos pesquisadores e aumentar a visibilidade sobre esse assunto, haja vista os dados epidemiológicos crescentes a cada ano. METODOLOGIA: Caracteriza-se por um estudo qualitativo e quantitativo do tipo exploratório sequencial, sendo utilizado dados da Biblioteca Digital de Teses, Dissertações da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas e repositório online das bibliotecas em Alagoas. RESULTADOS: Segundo pesquisas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) foi registrado um aumento de 3908 novos casos de Leishmanioses, Hanseníase, Esquistossomose, Chagas e Tuberculose na cidade de Maceió entre 2013 a 2017, sendo 80% destes apenas de Tuberculose. Das 50% de pesquisas científicas realizadas em 2017, apenas uma trazia como problemática a Tuberculose. Simultaneamente a esse período, a produção acadêmica e científica do Centro Universitário Tiradentes (UNIT-AL) sobre esse grupo de doenças aumentou. Apesar desse cenário de pesquisa benéfico, o que ocorre na realidade é totalmente controverso, já que é um tema que não interessa aos pesquisadores e é pouco debatido na sociedade em geral, agravando tais porcentagens de novos casos. CONCLUSÕES: Para obter-se uma transformação desses dados, mais pesquisas e trabalhos científicos devem ser direcionados à essa problemática, levando-se em conta que são doenças graves, potencialmente fatais, que acometem boa parte das populações (especialmente as menos favorecidas economicamente) e que não despertam o interesse das autoridades em investir em tratamentos e profilaxias.Downloads
Referências
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