Avaliação da relação da espessura do osso cortical da Crista Infrazigomática e Buccal Shelf em diferentes tipos de padrões faciais: Estudo com tomografias computadorizadas de Cone Beam

Autores

  • Dayanne Hillary Azevedo de Carvalho Centro Universitário Tiradentes - AL (UNIT/AL)

Palavras-chave:

Implante Dentário Subperiósteo, Ortodontia, Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico.

Resumo

A utilização de mini-implantes na região dentoalveolar favoreceu melhores resultados clínicos durante muito tempo, porém, por conta do seu tamanho era/é instalado entre as raízes dos dentes levando o nome de mini-implantes inter-radiculares. No entanto essa localização aumenta a probabilidade de contado com o ligamento periodontal levando a sensibilidade dentinária ou até mesmo contato direto com a raiz do dente podendo acarretar em uma perfuração e perda do elemento dentário. Por esses motivos, e atrelados a busca por melhor estabilidade primária dos mini-implantes foi preconizada a técnica de colocação de mini-implantes extra-radiculares, onde a sua instalação é realizada em locais onde haja grande densidade de osso corticalizado e afastado da região das raízes dos dentes, como a crista infrazigomática no arco superior e na arcada inferior a buccal shelf. Nessas regiões onde não há contato com estruturas nobres, havendo diminuição dos possíveis riscos de acidentes vasculonervosos ou apicais. Um dos pontos importantes para a estabilidade do mini-implantes diz respeito ao tipo de padrão de crescimento facial, tendo em vista a sua relação íntima com a espessura e densidade da cortical óssea. Estudos mostram que a espessura do osso alveolar está fortemente associada com o tipo facial, exercendo uma complexa relação na colocação dos mini-implantes como na estabilidade primária do mesmo, tendo em vista a necessidade da quantidade e qualidade óssea para que isso ocorra. Por tanto o objetivo deste estudo é avaliar a correlação entre a espessura óssea na região da crista infrazigomática e da buccal shelf em diferentes padrões faciais, por meio de tomografias computadorizadas cone beam, bem como constatar a presença de osso corticalizado suficiente nessas regiões para instalação e estabilidade dos mini-implantes. A amostra de conveniência foi composta por 24 tomografias de indivíduos entre 18 e 36 anos, de ambos os sexos, com diferentes tipos faciais. O estudo envolveu duas variáveis: padrão de crescimento vertical e a espessura da cortical óssea na região da crista infrazigomática e da buccal shelf a nível de primeiro e segundo molar permanente. E foi avaliado pelo erro do método da medida dos parâmetros tomográficos utilizando sete tomografias selecionadas de forma aleatória correspondentes a 30% da amostra total. As imagens selecionadas foram salvas em arquivos DICOM (Digital Imaging andCommunication in Medicine) e importadas para o software ImplantViewer 3 para a obtenção das reconstruções multiplanares, as quais foram mensuradas por um avaliador cego previamente calibrado. Os indivíduos pertencentes ao grupo braquifacial apresentaram maior espessura na região da buccal shelf, quando comparados aos demais, e todos os grupos apresentaram espessura suficiente para segura instalação dos mini-implantes.

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Publicado

2020-08-10

Como Citar

de Carvalho, D. H. A. (2020). Avaliação da relação da espessura do osso cortical da Crista Infrazigomática e Buccal Shelf em diferentes tipos de padrões faciais: Estudo com tomografias computadorizadas de Cone Beam. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (7). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/11897

Edição

Seção

PROBIC E PIBIC