A EQUIPE DE ENFERMAGEM NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: UMA ATUAÇÃO EM SAÚDE MENTAL
Palavras-chave:
Equipe de enfermagem, Estratégia Saúde da Família, Saúde mentalResumo
Introdução: A Saúde Mental está inserida no âmbito das políticas públicas e pode ser definida como parte do bem-estar integral ou a ausência de desordem mental do indivíduo. Através da Estratégia Saúde da Família, porta de entrada à saúde, é que a Saúde Mental deve ser inicialmente trabalhada. A Reforma Psiquiátrica no Brasil teve início no ano de 1978, a partir dos movimentos sociais que lutou pelos direitos dos pacientes psiquiátricos opondo-se à violência presente nos manicômios. Apenas em 1988, com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) que regulamentou os direitos da pessoa com transtornos mentais extinguindo os manicômios no país, foi possível a expansão da rede integrada de atenção à saúde mental em vários estados brasileiros, em substituição aos leitos psiquiátricos (BRASIL, 2005). Objetivo(s): Este estudo buscou compreender as práticas e desafios da assistência de enfermagem no âmbito da Saúde Mental nas Estratégias Saúde da Família do Município de Maceió- AL. Material e Métodos: Trata-se de uma pesquisa de campo transversal, de caráter misto, onde 24 participantes foram entrevistados, 4 enfermeiros e 16 técnicos de enfermagem. Por meio do programa Excel® foram sorteadas de forma aleatória 8 equipes de ESF, uma por distrito sanitário do município. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Tiradentes - UNIT/AL pelo CAAE 80832217.5.0000.5641. Realizou-se o agendamento via telefônica de reunião com cada diretor responsável pelas Unidades Básica de Saúde (UBS) em que as equipes estavam implantadas, a fim de apresentar-lhes maiores esclarecimentos da pesquisa. Quanto aos entrevistados, foram informados no momento da realização da coleta de dados a fim de evitar a interferência nas respostas para no intuito de obter resultados mais confiáveis. Resultados: Dentre as práticas e desafios encontrados, destacam-se a escuta, o acompanhamento, o matriciamento, falta de capacitação e infraestrutura inadequada, recursos humanos e monetários insuficientes, predomínio cultural pela assistência ineficaz ou ideologia vergonhosa do “doente mental”, receio e insegurança da equipe de enfermagem. Conclusão: Através de seus discursos, os participantes puderam identificar suas dificuldades, angústias e necessidades, consequentemente, alcançaram reflexões quanto as suas ações, práticas e desafios no âmbito da Saúde Mental e possíveis estratégias de mudança na assistência. Os desafios, apesar de reincidentes, são particulares entre os indivíduos em decorrência dos seus conhecimentos, preceitos e experiências. Ademais, quanto a atuação, é caracterizada como precária e inapropriada, mediante a grande demanda existente e aos fatores contributivos para os desafios discutidos.Downloads
Referências
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