A ULTRASSONOGRAFIA DOPPLER NO RASTREIO DA PRÉ-ECLÂMPSIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Autores

  • Carolina de Castro Carvalho Unit/Al
  • Letícia Lima de Oliveira
  • Priscila dos Santos Cardoso
  • Amanda Maia Barbosa Leahy
  • Larissa Gomes Bezerra
  • Lusitânia Maria de Barros

Palavras-chave:

Doppler, ultrassonografia, hipertensão

Resumo

INTRODUÇÃO: A Síndrome hipertensiva gestacional é um conjunto de doenças que tem em comum a hipertensão, caracterizada por pressão arterial sistólica maior que 140mmHg e diastólica maior que 90mmHg. Dentre elas encontra-se a hipertensão arterial crônica (HAC), pré-eclâmpsia/eclâmpsia, hipertensão gestacional e HAC sobreposta a pré-eclâmpsia. A pré-eclâmpsia é definida como hipertensão que surge após 20 semanas de gestação, acompanhando por proteinúria ou evidência de envolvimento sistêmico em mulheres previamente normotensas. Para rastreio e manejo precoce dessa comorbidade utiliza-se o estudo dopplervelocimétrico da artéria uterina (AU). METODOLOGIA: Foi realizada uma busca pela literatura através de sites e banco de dados como MEDLINE por meio do PUBMED, LILACS, SCIELLO E BIREME. DISCUSSÃO: Durante a gestação, a mulher sofre modificações orgânicas e funcionas, incluindo o sistema arterial que irriga o endométrio e o miométrio que sofre adaptações visando a formação da circulação útero-placentária. Para isso, acontecem as duas ondas de invasão da decídua pelo trofoblasto com o objetivo de diminuir a resistência das artérias espiraladas e aumentar o fluxo sanguíneo local. Devido a fatores genético, ambiental e imunológico pode haver defeito nesse processo resultando em uma hipóxia que libera enzimas que agem no endotélio vascular induzindo a vasoconstrição, desenvolvendo a Pré-eclâmpsia. O Doppler da AU, que pode ser realizado no primeiro e segundo trimestre de gestação, quando combinado com as características fenotípicas e demográficas da gestante representa uma opção de rastreio desse distúrbio.  RESULTADOS: Dentre vantagens e desvantagens, o Doppler da AU entre 11 e 14 semanas repetido entre 19 e 22 semanas em pacientes com risco de pré-eclâmpsia é a melhor forma de predição de desenvolvimento da doença, já o Doppler do segundo trimestre tem um parâmetro mais preciso, porém impede que estabeleça a terapia profilática precoce. A avaliação baseia-se nos índices de resistência (IR) e pulsatilidade (IP) nas artérias uterinas e no achado da incisura diastólica, a qual deve desaparecer após 26 semanas em gestações normais. Quando observada as alterações no Doppler do primeiro trimestre, é importante que o obstetra já inicie a terapêutica com o ácido acetilsalicílico (AAS) em baixa dose, para inibir a produção do tromboxano e reduzir a vasoconstrição. Além disso, alguns estudos aprovam a suplementação de cálcio para gestante de alto risco e com baixa ingestão desse nutriente. CONCLUSÃO: Afim de rastrear a pré-eclâmpsia é importante avaliar inicialmente os fatores de risco da gestante e realizar exames, dentre eles o Doppler da AU. Assim, é possível iniciar o tratamento profilático, o qual deve ser feito antes da 20º semana de gestação, antes das manifestações iniciais da doença.

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Referências

MONTENEGRO CAB, REZENDE J. Filho. Rezende Obstetrícia. 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 1200p.

SILVEIRA, Caroline Filardi; AMARAL, Waldemar Naves do; MAROT, Ricardo Pereira. DOPPLER OBSTÉTRICO NA VIGILÂNCIA DO BEM ESTAR FETAL. Universidade Federal de Goiás, 2016.

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Publicado

2020-08-10

Como Citar

Carvalho, C. de C., Oliveira, L. L. de, Cardoso, P. dos S., Leahy, A. M. B., Bezerra, L. G., & Barros, L. M. de. (2020). A ULTRASSONOGRAFIA DOPPLER NO RASTREIO DA PRÉ-ECLÂMPSIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (6). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/11198

Edição

Seção

Ciências da Saúde e Biológicas