LESÕES VASCULARES NEONATAIS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Autores

  • João Paulo dos Santos Correia Centro Universitário Tiradentes
  • João Vitor de Omena Jucá Centro Universitário Tiradentes
  • Ernann Tenório de Albuquerque Filho

Palavras-chave:

Iatrogenia, Neonatologia, Vasculopatia

Resumo

Introdução A obtenção de acessos vasculares em recém-nascidos constitui-se uma habitual prática realizada dentro das unidades de terapia intensiva neonatal (UTIN), na qual sua finalidade varia desde infusão de líquidos e medicações intravenosas até coleta de amostra sanguínea e monitorização hemodinâmica do paciente. O tratamento agressivo iniciado dentro das UTIN melhorou o prognóstico destes pacientes, porém, também aumentou o risco de lesões vasculares (LV). Aproximadamente 50% das LV pediátricas em todas as faixas etárias são iatrogênicas, embora a proporção de lesões iatrogênicas varie inversamente em relação à idade do paciente, de tal modo que em crianças menores de um ano, o trauma arterial se dá fundamentalmente devido a iatrogenia 3, diminuindo na faixa etária de dois a seis anos (50% iatrogênicas) seguida por aquelas com mais de seis anos (33% iatrogênicas).1 Procedimentos como cateterismo diagnóstico, canulação para suporte de vida extracorpórea ou bypass cardiopulmonar, colocação de linhas arteriais (variando de cateteres arteriais umbilicais a linhas radiais arteriais), punção arterial para gasometria e punção venosa pode resultar em traumas vasculares significativos em neonatos, contribuindo para as altas taxas de LV iatrogênicas.1  As LV mais comumente descritas são fístulas arteriovenosas, isquemia de membros, pseudoaneurismas e tromboses.2 A estratégia de tratamento para a maioria destas lesões corresponde aos princípios do tratamento de traumas vasculares em adultos, que são: reconstrução arterial precoce definitiva, reparo das lesões venosas, uso de derivações vasculares temporárias, administração de heparina sistêmica e regional, cateter com balão para trombectomia e uso liberal de fasciotomias.1 Objetivo:  Investigar através de publicações científicas os dados epidemiológicos acerca das LV em neonatos. Metodologia: Foi realizada uma revisão a partir de livros e da base de dados PubMed (US National Library of Medicine - National Institutes of Health) com os descritores "iatrogenic vascular lesions", "neonates" e "injuries" utilizando o operador booleano “AND” em que foram encontrados 6 artigos, sendo destes, selecionados dois. Portanto, trata-se de um estudo quantitativo descritivo do tipo revisão de literatura. Resultados: Através do levantamento bibliográfico realizado, ficou constatado a escassez de dados sobre as vasculopatias neonatais, sobretudo as iatrogênicas, que correspondem a quase totalidade das LV em neonatos, sendo encontrados apenas dois estudos retrospectivos, com apenas um focando em neonatos. A relevância científica deste estudo se dá pela falta de informações acerca do perfil destes pacientes, fato que poderia contribuir para execução de protocolos voltados a estes pacientes. Conclusões: É notável a escassez de dados bibliográficos referente as vasculopatias neonatais. Devido a este fato, nosso projeto de iniciação científica tem o intuito de investigar o perfil dos neonatos com vasculopatias iatrogênicas em UTIN na cidade de Maceió-AL, bem como verificar o motivo de sua baixa prevalência.

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Referências

TODD, E. Rassmussen; NIGEL, R. M. Tai. Rich Trauma Vascular. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.

Gamba, Piergiorgio et al. Iatrogenic vascular lesions in extremely low birth weight and low birth weight neonates. Journal of Vascular Surgery , 1997 Oct; Volume 26, Issue 4, 643-646.

López-Gutiérrez J.C., Encinas J.L., Luis A., Ros Z., Días M. Arterial trauma in the first year of life. Anales de pediatria. Barcelona, Spain: 2003.

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Publicado

2020-08-10

Como Citar

Correia, J. P. dos S., Jucá, J. V. de O., & Filho, E. T. de A. (2020). LESÕES VASCULARES NEONATAIS: UMA REVISÃO DE LITERATURA. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (6). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/11193

Edição

Seção

PROBIC E PIBIC