INTERVENÇÕES FISIOTERAPÊUTICAS NO TRATAMENTO DO VAGINISMO

Resumo

RESUMO: Disfunção sexual se trata do acometimento de uma ou mais fases do ciclo de resposta sexual que são elas o desejo, excitação, orgasmo e resolução, podendo afetar significativamente a vida de um indivíduo. Há uma incidência maior de disfunções sexuais em mulheres, ocorrendo entre 40 e 45% do público feminino, enquanto que nos homens essa porcentagem varia de 20 a 30%. O vaginismo é considerado uma disfunção sexual, caracterizado como um distúrbio sexual que provoca espasmos involuntários dos músculos da vagina, a contração involuntária da musculatura pode impedir a penetração parcial ou total. O vaginismo pode gerar estresse, tristeza, angústia, frustração e um quadro de depressão. A fisioterapia por meio de diversos tratamentos pode ser uma via satisfatória de melhorar essas limitações sexuais de mulheres que sentem dor no ato sexual. O tratamento consiste em aliar a psicologia com a fisioterapia, além da psicoterapia que trabalha as causas de ordem psicogênica, a fisioterapia ajuda na reeducação dos músculos do assoalho pélvico, utilizando-se de técnicas específicas como dessensibilização, massagem perineal, estimulação elétrica e termoterapia, biofeedback, ultrassom, entre outros. O objetivo principal deste estudo é demonstrar os tratamentos fisioterapêuticos realizados em mulheres com vaginismo. A metodologia aplicada será uma revisão bibliográfica sobre as intervenções fisioterapêuticas no tratamento do vaginismo. Foi realizado um levantamento e análise de referencial bibliográfico em bases de dados disponíveis na internet (Pubmed e Scielo), publicações em periódicos e em anais de congressos científicos e trabalhos de conclusão de curso, sobre os possíveis tratamentos relacionados à pacientes com disfunção sexual e dispareunia, ligadas ao vaginismo. Os dados coletados serão descritos e apresentados em forma discursiva, comparando os diversos resultados dos tratamentos realizados em pesquisas publicadas entre o ano de 2006 e 2015, a fim de demonstrar que a fisioterapia pode ajudar no tratamento do vaginismo. Os critérios de inclusão utilizados foram artigos com tratamentos fisioterapêuticos que demonstraram resultados positivos e negativos, estudos publicados entre 2006 e 2015, artigos que abordavam o tratamento multidisciplinar. Os critérios de exclusão foram artigos que abordavam exclusivamente anorgasmia, transtornos de excitação sexual, transtornos de desejo sexual e outros que não citavam o vaginismo. Com a pesquisa realizada concluiu-se que as causas psicológicas são as principais para ocasionar o vaginismo e o tratamento precisa de uma equipe multiprofissional contendo, fisioterapeutas, psicólogos e ginecologistas. A fisioterapia junto com a equipe multidisciplinar tem como promover as mulheres com vaginismo, uma melhora na qualidade de vida, contribuindo para as mesmas uma conscientização e percepção do seu próprio corpo, o que pode favorecer o controle das contrações voluntárias e o relaxamento da musculatura do assoalho pélvico.