ERITROBLASTOSE FETAL E SUAS CARACTERÍSTICAS

Autores

  • Érico Rafael Barros de Gusmão Verçosa
  • Camila Ferreira da Silva
  • Juliana Santos da Silva
  • Oliviamagna Rodrigues Ferreira Ernesto dos Santos
  • Renata Almeida Rocha Maria

Resumo

RESUMO: Introdução: A Eritroblastose Fetal (EF) é uma doença imune que leva à hemólise fetal e é causada por anticorpos contra antígenos eritrocitários presentes nas hemácias do feto. Essa destruição de eritrócitos do feto deve-se a uma incompatibilidade entre grupos sanguíneos maternos e fetais, resultado da expressão de antígenos paternos nas hemácias do feto. Anticorpos IgG da gestante, que atravessam a barreira placentária e chegam na corrente sanguínea fetal, causam hemólise mediada por ativação do sistema complemento. A EF ocasionada pelo grupo sanguíneo ABO (EF-ABO) é a mais comum das hemólises mediadas por grupo sanguíneo em fetos e recém-nascidos, apesar de apresentar, geralmente, sintomas leves e, na maioria das vezes, apenas no período neonatal. Objetivo: Caracterizar a Eritroblastose Fetal, seus aspectos clínicos e fisiopatologia. Metodologia: O presente estudo foi conduzido por meio de revisão de literatura nas bases de dados PubMed, Medline e SciELO, procedendo-se com a seleção dos artigos. Resultados: A EF pode levar a várias complicações relacionadas à hemólise no feto, como anemia e hiperbilirrubinemia. A bilirrubina elevada pode atravessar a barreira hematoencefálica imatura do feto e levar a Disfunção Neurológica Induzida por Bilirrubina (DNIB), que consiste em Encefalopatía Bilirrubínica Aguda (EBA) e Kernícterus. A EF relacionada ao grupo Rh (EF-Rh) é causada pela presença de anticorpos Anti-Rh na corrente sanguínea de gestante Rh- com um feto Rh+. Ao contrário do grupo sanguíneo ABO, que apresenta fisiologicamente a produção de anticorpos ao antígeno que o indivíduo não expressa, não existe a produção fisiológica de anticorpo Anti-Rh, apenas pela sensibilização de uma paciente Rh- por um antígeno Rh externo. Para que a EF-Rh ocorra, a gestante precisa já ter sido previamente sensibilizada pelo antígeno Rh, passando, assim, a produzir anticorpos. A exposição que leva a sensibilização dessa paciente pode ser por meio de transfusão de sangue, gravidez ectópica, gestação abortada, amniocentese, teste de vilo coriônico ou contato com antígeno Rh por via transplacentária em gestação anterior. Quando a gestante é sensibilizada, passa a produzir Anti-Rh, e esse, sendo da classe IgG e tendo baixo peso molecular, pode passar pela barreira placentária e chegar na circulação do feto, onde se ligará aos antígenos presentes em sua hemácia e levará a sua destruição. Conclusão: A EF é uma doença pouco divulgada e extremamente grave se não manejada precocemente. Devido ao grande número de grupos sanguíneos que podem levar a essa condição, e a desinformação acerca dessa patologia, a conscientização da população em geral e, principalmente, da população de risco, as gestantes, bem como os profissionais de saúde, é de fundamental importância para a maior visibilidade da mesma, sua detecção precoce e a tomada de medidas preventivas visando a redução no número de ocorrências.

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Publicado

2020-08-10

Como Citar

Barros de Gusmão Verçosa, Érico R., Ferreira da Silva, C., Santos da Silva, J., Rodrigues Ferreira Ernesto dos Santos, O., & Almeida Rocha Maria, R. (2020). ERITROBLASTOSE FETAL E SUAS CARACTERÍSTICAS. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (6). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/11167

Edição

Seção

Ciências da Saúde e Biológicas