UTILIZAÇÃO DE FIBRAS DE AÇO NO CONCRETO

Autores

  • Lourenço Tibúrcio Neto

Resumo

Este trabalho apresenta uma análise sobre a tecnologia das fibras de aço aplicadas no concreto, expondo suas principais propriedades, aplicações e métodos de controle, tendo como base estudos publicados na área por autores reconhecidos nacionalmente. O Concreto Reforçado com Fibras (CRF) no Brasil é principalmente utilizado em pavimentos e obras de infraestrutura como por exemplo revestimento de túneis, e fabricação de tubos de concreto para uso no saneamento. Vista a deficiência crônica que nosso país possui nesta área de infraestrutura, a tendência é que a demanda pelo CRF aumente com o passar do tempo. Porém mesmo nessas obras de grande porte o uso do concreto reforçado com fibras de aço ainda é feito de forma empírica, adotando-se teores fixos de fibras, independente do tibo de obra e requisitos da mesma, sem qualquer análise de desempenho ou controle de qualidade, isto ocorre principalmente pela falta de uma normatização nacional. O Brasil possui uma norma referente as fibras de aço a ABNT NBR 15530: Fibras de aço para concreto – Especificação, porém ela só determina as dimensões, formatos, resistência mínima das fibras e alguns testes para o controle de qualidade das mesmas. Visto que o CRF é um compósito e o seu comportamento é afetado por uma série de fatores, dentre eles estão a matriz de concreto, o tipo de fibra utilizado, a quantidade de fibras utilizadas usualmente medidas em kg/m³ e principalmente por sua tenacidade. Se tratando do CRF, a definição mais aceita atualmente para a tenacidade é a energia recebida pelo compósito quando carregado, englobando a energia recebida antes e depois da fissuração da matriz, momento em que as fibras passam a agir de maneira mais efetiva. Neste sentido, a tenacidade do CRF passou a ser chamada como a área sob a curva carga por deslocamento. Pela falta de normas nacionais para a realização de ensaios para determinação da tenacidade do compósito, são adotadas normas de outros países como a japonesa JSCE SF-4 (1984). Esta norma estabelece um dos ensaios mais simples normatizados em todo o mundo, porém, como mostrado no trabalho, laboratórios brasileiros ainda encontram dificuldades para executá-lo de maneira adequada. Com isto se faz necessário a elaboração de um novo ensaio que consiga diminuir a interferência do operador e se obter resultados mais precisos. Com estes resultados seria possível que o CRF deixasse de ser utilizado de forma empírica no Brasil, otimizando a dosagem das fibras, e consequentemente gerando uma redução nos custos do CRF.

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Publicado

2020-08-10

Como Citar

Neto, L. T. (2020). UTILIZAÇÃO DE FIBRAS DE AÇO NO CONCRETO. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (6). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/11163

Edição

Seção

Ciências Exatas