AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE DE CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN DE UM INSTITUTO DO ESTADO DE ALAGOAS
Palavras-chave:
Desenvolvimento Infantil, Funcionalidade, síndrome de down.Resumo
Introdução: A Síndrome de Down (SD) trata-se de uma trissonomia do cromossomo 21, ( BERTAPELLI, 2011), apresenta algumas características típicas, tais como: hipotonia, hipermobilidade articular, alterações sensoriais e motoras que podem contribuir para o aparecimento de disfunções no desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) e na funcionalidade (CORRÊA, 2011). Devido à importância e ao impacto dos atrasos do DNPM, em relação às atividades funcionais da criança SD, a caracterização de quais quesitos da funcionalidade apresentam comprometimento, pode possibilitar informações relevantes para os processos de avaliação e intervenção dessas crianças (CAMPOS,2010). Objetivo: Avaliar funcionalidade em crianças com síndrome de Down (SD) de um Instituto do Estado de Alagoas. Métodos: Trata-se de um estudo transversal e observacional realizado na Clínica Escola de Fisioterapia do Centro Universitário Tiradentes (UNIT) em Maceió/Alagoas, todas as terças – feiras e quintas – feiras, no horário de 14 horas às 16 horas. Foram realizadas avaliações iniciais em relação aos aspectos demográficos, terapêuticos e do desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) e a funcionalidade foi avaliada utilizando à aplicação do Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI). Resultados: Foram avaliadas 18 crianças com SD que apresentavam idade média de 33,16 meses (DP15,21), sendo 9 (50%) do gênero masculino e 9 (50%) do gênero feminino. Em relação a funcionalidade, foi observado que no quesito autocuidado 6 crianças (33%) apresentaram adequado para idade. No quesito mobilidade, cinco (28%) apresentaram mobilidade adequada para idade. Já no quesito de função social foi observado onze (61%) crianças com SD que apresentaram função social adequada para idade. Na avaliação de DNPM, as crianças foram classificadas em 4 domínios: motricidade ampla, motricidade fina adaptativa, linguagem, comportamento pessoal social; sendo considerado cada domínio como típico e atípico. Em relação a motricidade ampla, foi observado que 9 crianças (50%) apresentavam desenvolvimento típico e 9 (50%) apresentavam desenvolvimento atípico. No domínio da motricidade fina adaptativa, sete crianças (39%) apresentavam desenvolvimento típico e 11 (61%) apresentavam desenvolvimento atípico, sendo observados os mesmos resultados no domínio da linguagem. Já no domínio comportamento pessoal 11 (61%) apresentaram desenvolvimento típico e 7 (39%) apresentaram comportamento atípico para a idade. Conclusão: A funcionalidade de crianças com Síndrome de Down está abaixo do adequado em relação os quesitos de autocuidado e de mobilidade. Ressalta-se que a avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor e a avaliação da funcionalidade da criança com síndrome de down pode ser considerado um importante instrumento para os profissionais de saúde, em especial, o fisioterapeuta, caracterizando condições de disfunção dessas crianças, possibilitando a elaboração especificas da intervenção.
Downloads
Referências
Bertapelli F,Silva FF,Costa LT,Gorla JI, Fábio et al. Desempenho motor de crianças com Síndrome de Down: uma revisão sistemática. Journal of the Health Sciences Institute, 2011, v. 29, n. 4, p. 280-284.
Corrêa, JCF et al. A existência de alterações neurofisiológicas pode auxiliar na compreensão do papel da hipotonia no desenvolvimento motor dos indivíduos com síndrome de Down. Fisioterapia e Pesquisa, 2011, v. 18, n. 4, p. 377-381.
Campos, AC; Coelho, Maria Cristina; Rocha, NACF. Desempenho motor e sensorial de lactentes com e sem síndrome de Down: estudo piloto. Fisioter. Pesqui. 2010, v. 17, n. 3, p. 203-208, Sept
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Semana de Pesquisa do Centro Universitário Tiradentes - SEMPESq - Alagoas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Oferece acesso livre e imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico contribui para a democratização do saber. Assume-se que, ao submeter os originais os autores cedem os direitos de publicação para a Sempesq. O autor(a) reconhece esta como detentor(a) do direito autoral e ele autoriza seu livre uso pelos leitores, podendo ser, além de lido, baixado, copiado, distribuído e impresso, desde quando citada a fonte.